Anvisa proíbe venda de três marcas de café por conter toxina e ingredientes impróprios

Os produtos, apesar de informarem conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grãos crus ou resíduos agrícolas, o que os caracteriza como “café fake”.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso de três marcas de café em pó após inspeções constatarem a presença da ocratoxina A, uma substância tóxica e imprópria para o consumo humano.

As marcas afetadas pela medida são Melissa, Pingo Preto e Oficial, que já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em 25 de março por também apresentarem matérias estranhas, impurezas e irregularidades na rotulagem. Os produtos, apesar de informarem conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grãos crus ou resíduos agrícolas, o que os caracteriza como “café fake”.

A resolução da Anvisa determina que todos os lotes desses produtos sejam recolhidos do mercado. A decisão ocorre após análises laboratoriais identificarem a presença da toxina e a constatação de que os itens não poderiam sequer ser considerados alimentos.

Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do MAPA, Hugo Caruso, os produtos analisados “não continham café em sua composição” e eram fabricados com “lixo da lavoura”.

De acordo com a legislação vigente, o limite máximo permitido para matérias estranhas em café é de 1%. No caso das marcas proibidas, foram encontrados níveis superiores, com a presença de:

Matérias estranhas: pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como ervas daninhas
Impurezas: galhos, folhas e cascas

A Anvisa alerta que o consumo desses produtos representa risco à saúde e orienta a população a não consumir os cafés das marcas mencionadas.

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