O deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos), atual presidente da Câmara dos Deputados, respondeu nesta terça-feira (8) às críticas relacionadas ao uso de um jatinho fretado no valor de R$ 110 mil, custeado com recursos do fundo partidário, para participar da festa de 80 anos do senador Jader Barbalho (MDB-PA), em Belém, no dia 26 de outubro de 2024.
Em nota, a assessoria do parlamentar afirmou que “o pagamento foi realizado de forma regular, em conformidade com a legislação vigente e com as normas internas do partido, não havendo qualquer irregularidade ou impropriedade nos procedimentos adotados”.
De acordo com registros de voo, o deputado decolou de Brasília às 11h15, chegou a Belém para o evento e retornou à capital federal às 16h15 do mesmo dia, sendo o único passageiro da aeronave.
O uso do fundo partidário, que por lei deve ser destinado ao custeio da estrutura e das atividades dos partidos políticos, voltou a levantar debates sobre os limites éticos e legais da aplicação desses recursos públicos. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles.
Essa não é a primeira polêmica envolvendo gastos elevados do deputado com verbas partidárias. Em junho, a colunista Andreza Matais, do mesmo portal, revelou que Motta gastou R$ 27 mil em um jantar para aproximadamente 30 políticos, o que representa R$ 904 por convidado — também pago com recursos do fundo partidário.
No mesmo mês, viralizou um vídeo nas redes sociais em que o parlamentar aparece bebendo uísque diretamente da garrafa durante os festejos juninos em Patos, sua cidade natal, no Sertão da Paraíba — episódio que também gerou críticas sobre sua conduta pública.
As recentes revelações colocam novamente em pauta a transparência na gestão de verbas públicas por partidos e seus dirigentes, especialmente em um momento de crescente pressão por responsabilidade fiscal e ética na política brasileira.