Uma megaoperação policial deflagrada nas primeiras horas desta terça-feira (23) movimentou João Pessoa e outras cidades da Paraíba, com o objetivo de desarticular a maior facção criminosa em atividade no estado, suspeita de envolvimento com tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, homicídios e lavagem de dinheiro.
Batizada de Operação HOPE, a ação concentra esforços no Residencial Boa Esperança, conhecido como Gadanhe, no bairro Padre Zé, apontado como base estratégica da facção na capital paraibana. O nome da operação faz referência à palavra inglesa hope (esperança), em alusão ao conjunto habitacional.
Desde o início da manhã, a Central de Polícia, no bairro do Geisel, passou a receber diversos presos conduzidos por equipes da Polícia Civil. Ao todo, estão sendo cumpridos 70 mandados judiciais, sendo 25 de prisão preventiva, nas cidades de João Pessoa, Santa Rita, Conde, Campina Grande e Remígio, além de unidades prisionais.
A ação é fruto de uma força-tarefa entre a Polícia Civil da Paraíba, por meio da DRACO, DESARME e UNINTELPOL, e o Ministério Público da Paraíba, por meio do GAECO. Também participam agentes da Secretaria da Administração Penitenciária e da Diretoria de Operações da Polícia Civil (DIOP). Cerca de 200 profissionais estão envolvidos na operação, entre policiais civis, penais, bombeiros militares e membros do GAECO.
As investigações tiveram início em 2024 e avançaram de forma significativa em janeiro deste ano, após a prisão de um dos líderes da facção em uma zona rural de Campina Grande. A partir dessa prisão, os investigadores conseguiram mapear o funcionamento interno do grupo criminoso, identificando financiadores, operadores logísticos e demais membros da estrutura.
Durante a manhã, a operação também teve ações nos bairros Cruz das Armas, Indústrias e nas proximidades da avenida Valfredo Leal, áreas consideradas zonas estratégicas para o tráfico de drogas em João Pessoa.
As autoridades destacam que o principal objetivo é enfraquecer a capacidade operacional da facção, atingindo toda a cadeia de comando. Novas prisões são esperadas nas próximas horas, conforme os mandados continuam sendo executados.
