O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) comentou nesta terça-feira (29), em entrevista, a especulação sobre um eventual distanciamento do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), do grupo governista liderado pelo governador João Azevêdo (PSB).
Questionado se a oposição estaria à espera de um rompimento, Aguinaldo respondeu com uma metáfora:
“Cada um sabe o que faz, meu irmão. A vida… lembra aquela música? A vida é um trem na estação. Uns vêm, uns vão, outros vêm. Tem o trem da partida e o trem da chegada. Não existe espaço vazio em política. É simples. Funciona assim.”
O parlamentar também foi questionado sobre possíveis tratativas do prefeito com outras lideranças políticas, como o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), sem o aval do Progressistas. “Se você faz parte de um grupo, de um partido, pode fazer acordo sendo tratado fora do grupo? Eu acho que isso é inconcludente. Ou você tem outro projeto, e não quero acreditar nisso”, disse.
Pesquisas animam projeto de Lucas Ribeiro
Sobre as pesquisas recentes de intenção de voto para o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) na disputa pelo Governo da Paraíba em 2026, Aguinaldo afirmou estar animado.
“Fiquei satisfeito demais com essa pesquisa de intenção de voto para Lucas. Você acha que elas animam o projeto? Demais, porque ninguém disse ainda que ele era candidato.”
Ele citou a eleição da irmã, a senadora Daniella Ribeiro, em 2018, para reforçar que levantamentos não definem resultados:
“Tem uma pesquisa que foi publicada por vocês, eu tenho guardado na empresa. Daniella era a quarta colocada, tinha 3,8% das intenções de voto. Primeiro era Cássio [Cunha Lima], eu acho. Qual foi o resultado? Cássio perdeu, Daniella senadora. Pesquisa é o retrato de hoje.”
Apoio a Cícero durante a crise em 2024
Aguinaldo também recordou a crise enfrentada por Cícero em 2024, quando a operação Território Livre levou à prisão da primeira-dama Lauremília Lucena.
“Deixei todo mundo e estava lá. E não fui votado em João Pessoa, não. Era deputado federal, estava aqui. Junto com o governador João Azevêdo, todo mundo num ato quase de desagravo ao prefeito. No momento mais difícil que nós tivemos na eleição. E ganhamos a prefeitura. Podia ser que naquele momento você tivesse uma interferência no pleito e perdesse a eleição, não podia?”, concluiu.