A Paraíba encerrou o primeiro semestre de 2025 com saldo positivo de 9.002 empregos formais, resultado de 131.925 admissões contra 122.923 desligamentos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Apesar de o período ser historicamente afetado pela entressafra do setor sucroalcooleiro, o saldo acumulado representa um crescimento de 35,73% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 6.632 postos.
Setor de serviços puxa crescimento
O setor de serviços liderou a geração de empregos no estado, com saldo positivo de 13.089 postos de trabalho, impulsionado por 61.077 contratações contra 47.988 demissões. Na sequência aparecem:
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Comércio: +1.736 postos
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Construção civil: +160 postos
Por outro lado, os setores de agropecuária (-3.386) e indústria (-2.597) registraram retração, especialmente devido à sazonalidade da produção de cana-de-açúcar, etanol e açúcar.
Desempenho mensal
Quatro dos seis primeiros meses do ano apresentaram saldos positivos:
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Maio: +7.356
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Abril: +1.838
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Fevereiro: +590
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Junho: +515
Os meses de janeiro (-666) e março (-631) foram negativos.
Estabilidade e investimentos
O estoque total de empregos formais nos cinco principais setores (serviços, comércio, construção, agropecuária e indústria) chegou a 523.899 em junho, representando alta de 1,75% em relação ao mês anterior.
O secretário estadual da Fazenda, Marialvo Laureano, atribuiu o bom resultado ao equilíbrio fiscal e à política de investimentos estruturantes do Governo do Estado, destacando que até 2026 serão quase R$ 12 bilhões em obras, majoritariamente com recursos próprios. Segundo ele, o cenário demonstra a força da economia paraibana mesmo diante de juros altos e desafios econômicos nacionais.
Comparativo regional e nacional
Em junho, todas as regiões do país registraram saldo positivo de empregos. A Região Sudeste liderou com 76.332 vagas, seguida pelo Nordeste (36.405), Centro-Oeste (23.876) e Norte (11.683).
Apesar disso, o Brasil como um todo registrou queda de 6,7% na geração de empregos formais no semestre em comparação com 2024. Foram 1,311 milhão de novos postos com carteira assinada, ante 1,405 milhão no ano passado. A Paraíba, por sua vez, vai na contramão da tendência nacional, com crescimento consolidado.