Prisão domiciliar: saiba o que Bolsonaro está proibido de fazer

A decisão foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares já impostas anteriormente no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar por tempo indeterminado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares já impostas anteriormente no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Principais determinações da nova decisão:

  • Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;

  • Proibição de visitas sem autorização do STF;

  • Vedação ao uso de telefone celular;

  • Acesso permitido apenas a residentes da casa (Michele Bolsonaro e a filha do casal) e advogados;

  • Visitantes autorizados não poderão usar celular, fotografar ou filmar.

Medidas anteriores mantidas:

  • Proibição de uso de redes sociais (próprias ou de terceiros);

  • Proibição de contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;

  • Proibição de acesso a embaixadas e consulados;

  • Proibição de receber visitas de investigados na trama golpista.

Motivo da decisão:

Moraes apontou que os filhos de Bolsonaro — Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro — publicaram em suas redes sociais mensagens que teriam sido escritas pelo ex-presidente em agradecimento aos apoiadores que participaram de atos no domingo (3). Segundo o ministro, isso configura descumprimento das restrições anteriores, especialmente o uso indireto das redes sociais.

Investigação em curso:

As novas medidas estão inseridas no inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro por articulações com o governo dos Estados Unidos com o objetivo de retaliar o Supremo Tribunal Federal e barrar as investigações da tentativa de golpe. Jair Bolsonaro também é réu nesse processo, e o julgamento está previsto para setembro.

Além disso, o ex-presidente é acusado de ter enviado recursos via Pix para financiar a estadia de Eduardo nos EUA, após o deputado alegar “perseguição política” e tirar licença do mandato para viver fora do país.

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