A redução média de 4,3% no valor do gás natural canalizado, anunciada pela Companhia Paraibana de Gás (PBGás) e em vigor desde o início de agosto, ainda não foi sentida pelos consumidores. Nos postos que vendem Gás Natural Veicular (GNV), os preços seguem iguais — e, em muitos casos, até mais altos — do que antes do reajuste.
A nova tabela tarifária, aprovada pela Agência de Regulação do Estado da Paraíba (ARPB) e publicada no Diário Oficial em 7 de agosto, previa queda de 4,5% no GNV. No entanto, motoristas afirmam não ter percebido diferença real no valor por metro cúbico.
“Continuo pagando praticamente a mesma coisa. Se caiu, foi centavos, e isso não reflete o desconto divulgado”, relatou o motorista de aplicativo José Roberto da Silva, que abastece diariamente.
O corte também não tem impacto visível para o setor comercial e industrial. Especialistas apontam que a falta de fiscalização e margens de lucro elevadas de revendedores podem explicar a ausência de repasse ao consumidor final.
A ARPB não informou se fará monitoramento do repasse nem se aplicará medidas punitivas a postos que descumprirem a regra. Já a PBGás reforçou que os novos preços estão em vigor desde a data definida para todos os clientes.
Enquanto isso, o consumidor segue pagando mais, apesar dos anúncios oficiais que prometiam alívio no orçamento.