Um boletim médico divulgado neste sábado (17) pelo Hospital DF Star, em Brasília, informou que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com infecções pulmonares, esofagite e gastrite.
De acordo com o documento, os exames mostraram “imagem residual de duas infecções pulmonares recentes possivelmente relacionadas a episódios de broncoaspiração”. A endoscopia também apontou persistência de esofagite e gastrite, ainda que em intensidade menor, mas que exigem tratamento contínuo.
Tratamento e recomendações médicas
Segundo o cardiologista Leandro Echenique, o ex-presidente não precisará de novos procedimentos cirúrgicos.
“O tratamento agora é exclusivamente medicamentoso. Ele recebeu também orientações nutricionais e de exercícios para manter a massa muscular”, explicou.
O médico Cláudio Birolini, chefe da equipe que operou Bolsonaro em abril, destacou que os exames de controle mostram que o trânsito intestinal está preservado e as hérnias corrigidas. No entanto, o refluxo persiste e pode estar associado às pneumonias recorrentes apresentadas pelo ex-presidente.
“A previsão é de que sigamos acompanhando o quadro clínico. Não estão previstas novas intervenções, mas eventualmente outros exames podem ser necessários nas próximas semanas”, afirmou.
Prisão domiciliar
Bolsonaro deixou a prisão domiciliar na manhã deste sábado para realizar exames, incluindo endoscopia, tomografia abdominal e coleta de sangue e urina. Após os procedimentos, retornou para casa sem falar com a imprensa.
O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele é investigado por suposta tentativa de interferir em um processo no qual responde como réu por golpe de Estado, ao lado do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo seus advogados, Bolsonaro tem apresentado episódios de refluxo e soluços frequentes.