O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), se pronunciou na noite desta segunda-feira (18) sobre a operação que prendeu cinco policiais militares, investigados por participação em uma possível chacina registrada em fevereiro, na Grande João Pessoa.
Em sua fala, Azevêdo defendeu o trabalho das forças de segurança e destacou os avanços obtidos pela gestão na área, mas ressaltou a importância da apuração. Ele alertou, no entanto, para o risco de inverter papéis entre criminosos e agentes do Estado.
“Não se pode transformar de repente pessoas que, em função de uma operação, querer transformar essas pessoas em vítimas, que na verdade não são. Eram marginais que saíram com missão de executar pessoas e que se depararam com a polícia”, declarou.
O governador frisou ainda os riscos enfrentados diariamente pelos policiais e disse confiar no sistema de segurança da Paraíba. Para ele, a investigação é essencial para garantir segurança jurídica aos agentes.
“Os nossos policiais enfrentam todos os dias uma batalha muito difícil, que é ir para a rua enfrentar marginais, bandidos, arriscando sua própria vida. É preciso apurar, saber se teve excesso, se não teve excessos. Mas eu confio muito no sistema de segurança pública da Paraíba, que tem dado respostas positivas”, afirmou.
Questionado sobre possíveis impactos da operação na atuação policial, Azevêdo minimizou e ressaltou que a apuração correta protege a corporação.
“Eu quero que seja tudo apurado para oferecer exatamente segurança ao policial para cada vez mais que ele saia para uma ação, ele saia sabendo da sua obrigação e da sua tranquilidade para trabalhar.”
A declaração foi dada durante a inauguração do Centro de Treinamento Operacional do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba, em João Pessoa. O espaço recebeu investimento de R$ 10,5 milhões e será destinado ao aperfeiçoamento técnico e operacional dos profissionais da segurança pública.