MP da Paraíba já havia identificado situação de risco de adolescente ligada a Hytalo Santos em 2022

O processo reuniu relatos de que Hytalo oferecia apoio financeiro a Kamylinha, custeando despesas escolares, roupas, celular e repasses mensais à mãe da adolescente, além de recebê-la por longos períodos em sua residência.

Uma reportagem publicada nesta quinta-feira (21) pela revista Veja revelou que o Ministério Público da Paraíba (MPPB) já havia constatado, em 2022, a situação de risco social de Kamila Maria Silva Félix, de 17 anos, conhecida como Kamylinha, jovem que mantinha vínculos próximos com o influenciador digital Hytalo Santos, atualmente preso por exploração de menores e tráfico de pessoas.

Documentos mostram que a adolescente vivia em condições de vulnerabilidade, sem frequência escolar regular e sem acompanhamento psicológico, apesar do histórico de depressão, automutilação e tentativa de suicídio. Na época, o MP entrou com medida protetiva contra os pais, Francisca Maria Lira Silva e Erismar Félix Figueiredo, exigindo o retorno da jovem às aulas, a retomada do tratamento psicológico e determinando ainda que Hytalo retirasse conteúdos envolvendo a adolescente de suas redes sociais. Embora os pais tenham cumprido a decisão, o influenciador se recusou a assinar a recomendação para excluir os vídeos.

O processo reuniu relatos de que Hytalo oferecia apoio financeiro a Kamylinha, custeando despesas escolares, roupas, celular e repasses mensais à mãe da adolescente, além de recebê-la por longos períodos em sua residência. O pai da jovem declarou em depoimento que não concordava com o estilo de vida da filha e mencionou episódios de violência doméstica no ambiente familiar. O caso acabou arquivado posteriormente.

Atualmente, Hytalo Santos e o marido, Israel Natã Vicente, estão presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, em São Paulo, e devem ser transferidos para a Paraíba nos próximos dias.

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