Moraes dá 5 dias para PGR se manifestar sobre reforço policial na casa de Bolsonaro

O deputado defendeu ainda a adoção de protocolos de ação imediata para impedir qualquer deslocamento irregular de Bolsonaro que possa comprometer a atuação da Justiça.

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Jair Bolsonaro (Reprodução/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em até cinco dias, sobre o pedido de reforço no policiamento da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília.

O requerimento foi feito pelo líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), em 22 de agosto. Ele solicitou à Polícia Federal (PF) “reforço urgente e imediato do policiamento ostensivo e discreto” nas imediações da casa de Bolsonaro, além da manutenção e checagem constante do sistema de monitoramento eletrônico.

Segundo Lindbergh, há “risco concreto de fuga”, destacando a proximidade da residência do ex-presidente com a Embaixada dos Estados Unidos, a cerca de dez minutos do local. O parlamentar também citou informações sobre um suposto “plano de fuga” em meio ao avanço das investigações.

O deputado defendeu ainda a adoção de protocolos de ação imediata para impedir qualquer deslocamento irregular de Bolsonaro que possa comprometer a atuação da Justiça.

Após o pedido, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, encaminhou a solicitação à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal e ao STF. No mesmo dia, Lindbergh protocolou também um pedido de prisão preventiva de Bolsonaro, alegando que as medidas cautelares atuais são insuficientes diante do risco de fuga.

Prisão domiciliar e novos indiciamentos

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão de Alexandre de Moraes, após descumprir a proibição de usar redes sociais — postagens ligadas ao ex-presidente foram feitas em perfis de terceiros.

Na última quarta-feira (20), a PF indiciou Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo a investigação, Eduardo, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, teria atuado para coagir autoridades brasileiras envolvidas nas apurações da trama golpista.

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