Desde esta segunda-feira (1º), os planos de saúde são obrigados a oferecer o implante contraceptivo hormonal Implanon para mulheres entre 18 e 49 anos. A medida amplia o acesso a métodos de longa duração já disponíveis, como o DIU de cobre e o DIU hormonal.
Como funciona
O Implanon é uma pequena haste flexível inserida sob a pele do braço, em procedimento simples realizado em consultório médico com anestesia local.
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Libera continuamente o hormônio etonogestrel (derivado da progesterona), que impede a ovulação;
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Dura até três anos;
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Tem taxa de falha de 0,05%, considerada a mais baixa entre os métodos contraceptivos disponíveis — mais eficaz que a vasectomia (0,1% a 0,15%) e o DIU hormonal (0,2% a 0,8%).
Regras e contraindicações
O dispositivo não deve ser utilizado por mulheres que tenham:
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Histórico de câncer de mama;
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Doença hepática grave;
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Sangramento vaginal sem diagnóstico;
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Alergia ao etonogestrel.
Possíveis efeitos adversos: dor, inchaço ou hematoma no local da aplicação; em casos raros, infecção ligada a falhas técnicas no procedimento.
Cobertura e próximos passos
Caso os planos de saúde neguem a cobertura, a recomendação é que a usuária registre reclamação na própria operadora e, se não houver solução, acione a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pelos canais oficiais.
Além disso, em julho de 2025, o Ministério da Saúde confirmou a incorporação do Implanon ao SUS. A expectativa é que a rede pública passe a oferecer o método ainda neste ano.