A Polícia Federal realizou na manhã desta quarta-feira (3) a oitava fase da Operação Kori, com foco no combate ao armazenamento de material de exploração sexual de crianças e adolescentes. A ação aconteceu no município de Areia, localizado no Brejo paraibano.
Mandado de busca e quebra de sigilo
Durante a operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de um homem de 59 anos, investigado por armazenar arquivos ilícitos em ambiente digital. A 3ª Vara Regional de Garantias de Campina Grande expediu a ordem judicial, autorizando também a quebra do sigilo telemático do suspeito — o que permitirá à PF analisar e acessar conteúdos de e-mails, redes sociais e demais registros online.
Indícios e crimes investigados
As investigações preliminares apontam que o homem teria armazenado pelo menos 26 arquivos contendo imagens e vídeos de abuso sexual infantojuvenil. A depender do que for apurado na análise pericial do material apreendido, o investigado poderá responder por crimes como:
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Art. 241-B do ECA – Adquirir, possuir ou armazenar pornografia infantil
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Art. 241-A do ECA – Compartilhar conteúdo pornográfico envolvendo menores
As penas somadas podem ultrapassar 10 anos de prisão, além de outras sanções penais e administrativas que podem surgir ao longo da apuração.
Continuidade das ações e simbolismo da operação
Esta é a segunda operação da PF nesta semana voltada ao combate a crimes contra a dignidade sexual de menores, sinalizando a intensificação das ações nesse tipo de delito.
O nome “Kori” faz referência a uma divindade associada à proteção da infância, simbolizando o compromisso da Polícia Federal com a proteção integral de crianças e adolescentes, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A operação integra os esforços nacionais e internacionais no enfrentamento à pornografia infantil na internet, e reforça a importância da denúncia de qualquer tipo de abuso ou suspeita de exploração sexual infantil, que pode ser feita de forma anônima pelo Disque 100.