União Progressista oficializa saída do governo Lula e impõe rompimento total com cargos federais

disciplinares, incluindo o afastamento imediato de dirigentes que se recusarem a deixar os cargos indicados.

federação União Progressista, formada pelos partidos União Brasil e Progressistas (PP), anunciou nesta terça-feira (2) sua saída oficial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi apresentada em entrevista coletiva pelos presidentes nacionais das siglas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP).

Cargos deverão ser entregues até 30 de setembro

Segundo a determinação, todos os filiados da federação que ocupam cargos no governo federal deverão entregar os postos até 30 de setembro. Entre os principais alvos da medida estão os ministros André Fufuca (Esporte, PP) e Celso Sabino (Turismo, União Brasil).

A federação afirmou que o descumprimento da determinação resultará em punições disciplinares, incluindo o afastamento imediato de dirigentes que se recusarem a deixar os cargos indicados.

Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no Governo Federal. Em caso de descumprimento, haverá o afastamento em ato contínuo”, diz trecho do comunicado oficial.

Paraíba: tensão entre lideranças e impacto local

Na Paraíba, o anúncio acirra ainda mais a disputa interna na federação entre os blocos liderados por:

  • Aguinaldo Ribeiro (PP), deputado federal com forte influência no governo Lula e na estrutura federal, sendo responsável por indicações como:

    • Alberto Gomes no DNOCS

    • Paulo Barreto na CBTU

  • Mersinho Lucena (PP), que indicou Giovanni Giuseppe Marinho para a SPU na Paraíba

  • Damião Feliciano (União Brasil), presente na coletiva, cuja esposa, Lígia Feliciano, ocupa cargo no Ministério do Desenvolvimento Social

  • Efraim Filho (União Brasil), senador e pré-candidato ao governo estadual, com apoio do grupo bolsonarista da federação

Apesar da relevância política, Aguinaldo Ribeiro, Mersinho Lucena e Efraim Filho não compareceram à coletiva, demonstrando possível resistência ou cautela quanto à decisão.

Contexto político e julgamento de Bolsonaro

A decisão ocorre em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e marca um reposicionamento claro da federação em direção à oposição ao governo Lula.

Além disso, a medida visa unificar a base conservadora de olho nas eleições de 2026, colocando em rota de colisão os projetos de Aguinaldo e Lucas Ribeiro, aliados do Palácio do Planalto, com a pré-candidatura de Efraim Filho, que já busca apoio bolsonarista para viabilizar sua campanha ao governo da Paraíba.

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