A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital realizará, no dia 17 de novembro, a partir das 9h, o julgamento de Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, acusado de matar Mayara Valéria de Barros Ramalho Lemos, tentar assassinar Daniel Sales de Miranda e manter Vinícius Valdevino dos Santos em cárcere privado. O caso ocorreu no dia 12 de janeiro de 2024, na praça de alimentação do Mangabeira Shopping, em João Pessoa.
De acordo com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), Luiz Carlos chegou ao local armado com um revólver calibre 38 e 44 munições. Dias antes, ele havia participado de uma entrevista para uma vaga de emprego no Bar e Restaurante Girau, onde a vítima trabalhava como gerente administrativa. No dia do crime, o réu abordou Mayara sob o pretexto de conversar sobre o processo seletivo, mas, durante o diálogo, sacou a arma e efetuou diversos disparos.
As câmeras de segurança registraram o momento em que o acusado continua atirando mesmo após a vítima cair ao chão, sendo dois dos disparos pelas costas. Em seguida, ele invadiu o restaurante, fez um funcionário refém e recarregou a arma.
Durante o interrogatório, Luiz Carlos afirmou que estava em situação de desespero, alegando ter ido ao shopping para “cobrar uma oportunidade de emprego”. Disse ainda que possuía a arma havia cerca de 30 anos.
O Ministério Público classificou o crime como homicídio qualificado por motivo fútil, destacando que o réu reagiu de maneira desproporcional e violenta à falta de resposta sobre o emprego, sem oferecer chance de defesa à vítima.
O acusado responde pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado e posse irregular de arma de fogo de uso restrito, previstos no Código Penal e na Lei dos Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90).
O julgamento integra a programação do Mês Nacional do Júri, iniciativa que busca dar celeridade aos processos de crimes dolosos contra a vida e reforçar o compromisso do Judiciário com a justiça e a memória das vítimas.




