O Governo da Paraíba e o Banco Mundial realizam, até sexta-feira (28), uma nova Missão de Apoio à Implementação do Projeto de Segurança Hídrica da Paraíba (PSH-PB). As atividades começaram na segunda-feira (24) com visitas técnicas à Adutora Transparaíba – Ramal Cariri, onde as equipes acompanharam o andamento das obras no Açude Poções, em Monteiro, incluindo a Estação Elevatória de Água Bruta, a Estação Potabilizadora, reservatórios e o estaleiro de obras.
Nesta quarta-feira (26), a agenda segue em João Pessoa, com reunião híbrida presidida pela secretária executiva da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Virgiane Melo. No encontro, são discutidos o progresso do projeto, indicadores, análises socioambientais, segurança de barragens e o cronograma de execução. Participam representantes da Cagepa, Aesa, equipe técnica estadual e o gerente do projeto pelo Banco Mundial, Alfonso Alvestegui.
Virgiane Melo destacou avanços importantes. Segundo ela, já estão em operação 83 Estações Hidro e Geometerológicas que alimentam o Sistema Estadual de Informação de Risco (Seira). Na área de obras, há expectativa de conclusão do Emissário e da Usina 2 — parte da readequação do esgotamento sanitário da Grande João Pessoa — no início de 2026. Já a Sessão 1 do Ramal Cariri deve ser finalizada no primeiro semestre de 2025, com previsão de conclusão total do ramal até o fim de 2026.
O representante do Banco Mundial elogiou o ritmo do projeto. “Ficamos muito contentes com o avanço nos três pontos visitados. O Estado da Paraíba tem desenvolvido um trabalho integrado e eficiente”, afirmou Alvestegui.
Nesta quinta-feira (27), a missão discutirá salvaguardas ambientais e sociais, desafios da execução, automação e setorização do sistema. Também estão previstas visitas a obras em Intermares e ao Centro de Controle Operacional da Cagepa, em Marés. O encerramento, na sexta (28), reunirá recomendações, metas, avaliação financeira e acordos para os próximos passos.
Ramal Cariri
A obra integra o PSH-PB 1 e está dividida em três sessões:
• Sessão 1: 83% concluída
• Sessão 2: 43% executada
• Sessão 3: em fase de projeto
No primeiro semestre de 2026, deverão ser atendidos Monteiro, Sumé, Prata, Ouro Velho e Amparo. O sistema completo percorrerá 18 municípios, terá capacidade de 410 litros por segundo, 369 km de extensão e 13 estações de bombeamento.
O investimento é de R$ 432,5 milhões, financiados pelo Banco Mundial, e beneficiará cerca de 142 mil pessoas no Cariri e regiões próximas — incluindo Taperoá, Serra Branca, Teixeira, Livramento, Assunção, Junco do Seridó e outros municípios dependentes de segurança hídrica.
O projeto é considerado estratégico para reduzir a vulnerabilidade hídrica de áreas historicamente afetadas pela estiagem na Paraíba.




