Diante da expectativa de novos aumentos nos preços, pais e responsáveis já começaram a antecipar as compras de material escolar para o ano letivo de 2026. A medida, segundo especialistas, é uma das formas mais eficazes de driblar a inflação, especialmente no início do ano, período tradicionalmente marcado por reajustes.
A estratégia de antecipação é adotada por muitas famílias, como a da auxiliar de serviços gerais Maria Fátima da Silva, que já está buscando os itens necessários para a filha.
“Sempre comprando antes da virada do ano, porque depois os preços disparam. No início do ano sempre chegam coisas novas, com valores mais altos”, justifica Maria.
Reajustes constantes motivam planejamento
No começo de 2025, os preços dos materiais escolares tiveram aumentos que variaram entre 5% e 9%. Para 2026, a previsão segue na mesma linha, tornando o planejamento antecipado essencial para o equilíbrio do orçamento familiar.
Dicas para economizar e evitar desperdício
Comparar preços entre diferentes lojas físicas e online é a primeira recomendação para garantir os melhores valores. Além disso, o economista Cristiano Frizon sugere compras coletivas, principalmente em atacados.
“São materiais iguais para todo mundo. Se cinco famílias forem juntas, conseguem descontos que fazem bastante diferença”, explica.
Outra prática em alta é a realização de bazares escolares, com a troca ou venda de uniformes e materiais em bom estado. Em algumas escolas, por exemplo, blusas que custariam mais de R$ 150 são adquiridas por apenas R$ 10.
A professora Juliana Ripka defende a ideia, que além de aliviar o bolso, também promove o consumo consciente:
“É uma forma de economizar e ajudar o planeta ao mesmo tempo. Esses valores que a gente poupa podem ser direcionados para outras necessidades da criança”, ressalta.
Sustentabilidade e consciência social
A combinação de economia, planejamento e sustentabilidade está moldando um novo comportamento entre as famílias brasileiras. Antecipar as compras, reutilizar itens e comprar de forma inteligente não só reduz gastos, mas estimula práticas mais sustentáveis em um período marcado por grande consumo.
