O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira (25), no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento começou por volta das 9h40 e foi concluído cerca de três horas depois, sem intercorrências, segundo informou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Bolsonaro havia sido internado na véspera do Natal para a realização de exames pré-operatórios, que confirmaram a aptidão clínica para a cirurgia. A hérnia inguinal é uma condição caracterizada pela protrusão de tecido abdominal na região da virilha.
Por estar preso na Polícia Federal, o ex-presidente precisou de autorização judicial para a internação e o procedimento. A liberação foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após perícia médica da PF indicar a necessidade de cirurgia eletiva com brevidade.
Na manhã desta quinta-feira, apoiadores se reuniram do lado de fora do hospital para orações. A área contou com reforço de segurança, incluindo policiais militares. A PF é responsável pela vigilância contínua durante a internação, com ao menos dois agentes na porta do quarto, além de equipes internas e externas.
Pós-operatório e acompanhamento
Após a cirurgia, Bolsonaro permaneceu em recuperação da anestesia geral por cerca de 1h30 a 2h. A previsão é de internação entre cinco e sete dias para acompanhamento clínico.
Em boletim médico divulgado anteriormente, a equipe informou que o ex-presidente realizou avaliação cardiológica e de risco cirúrgico, sendo considerado apto ao procedimento. O cirurgião Claudio Birolini explicou que foi adotado método tradicional, e não laparoscópico, em razão do histórico de cirurgias abdominais do paciente. Nos próximos dias, a equipe avaliará a conveniência de um procedimento não cirúrgico para tratar episódios de soluço persistente.
Outro integrante da equipe, o cardiologista Brasil Ramos Caiado, relatou que o paciente apresentava ansiedade, o que pode contribuir para os sintomas de soluço.
Regras de visitas
Durante a internação, estão autorizadas visitas da esposa Michelle e dos filhos Flávio, Carlos, Jair Renan e Laura. Permanecem proibidos celulares e outros dispositivos eletrônicos no quarto. O ministro Alexandre de Moraes indeferiu pedido de prisão domiciliar, destacando que o local de custódia fica em proximidade ao hospital, não prejudicando eventual atendimento de urgência.
