
As estatais federais acumularam déficit de R$ 6,3 bilhões entre janeiro e novembro deste ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Banco Central do Brasil. O resultado é o pior para o período desde 2009, quando a metodologia de cálculo passou a excluir empresas como Petrobras e Eletrobras do levantamento.
Essas companhias deixaram de integrar o indicador por adotarem regras semelhantes às de empresas privadas com ações negociadas em bolsa, o que, segundo o Banco Central, poderia distorcer a análise do desempenho financeiro das estatais sob controle direto do governo.
De acordo com o Governo Federal do Brasil, parte do aumento do déficit está relacionada aos investimentos realizados pelas estatais ao longo do ano. Ainda assim, empresas em situação financeira delicada, como os Correios, também tiveram peso relevante no saldo negativo.
Para efeito de comparação, no mesmo período de 2023, o déficit havia sido de R$ 343 milhões. Já em 2022 e 2021, o resultado foi positivo, com superávits de R$ 4,5 bilhões e R$ 3,2 bilhões, respectivamente, evidenciando uma reversão significativa no desempenho financeiro das estatais federais em 2024.



