Onze bairros residenciais no sul de Pequim, na China, foram bloqueados e isolados neste sábado (13) devido ao surgimento de novos casos de coronavírus vinculados a um mercado de carne próximo dessas áreas, informaram as autoridades.
Até agora, sete casos estão relacionados o mercado atacadista de carne de Xinfadi, que foi fechado para passar por um processo de desinfecção, segundo a France Presse. Seis casos foram confirmados neste sábado. Nove escolas e jardins de infância próximos foram fechados.
Apesar do surto local ter sido amplamente controlado, a maioria dos casos registrados na China nos últimos meses surgiu entre cidadãos chineses residentes no exterior e foram detectados quando eles retornavam ao país.
Os recentes diagnósticos positivos levaram as autoridades de Pequim a adiar a volta às aulas dos estudantes do ensino fundamental, que estava prevista para segunda-feira (15), e a suspender todos os eventos esportivos.
As autoridades da capital chinesa também fecharam na sexta-feira (12) dois mercados visitados por uma das pessoas contaminadas.
Vírus em tábuas para manipular salmão
O presidente do mercado atacadista de carne de Xinfadi disse a repórteres que o vírus foi detectado em tábuas usadas para manipular salmão importado.
Grandes redes de supermercados, como Wumart e Carrefour, removeram todos os estoques de salmão da noite para o dia na capital, mas disseram que o fornecimento de outros produtos não seria afetado.
Um primeiro novo caso foi registrado em Pequim na quinta-feira (11)- uma pessoa sem registro recente de viagens para fora da cidade.
No dia seguinte, as autoridades confirmaram mais duas infecções. Os outros cinco casos relatados no sábado foram trazidos do exterior.
Isolamento rigoroso
A China conseguiu controlar amplamente a propagação do novo coronavírus, o Sars-Cov-2 por meio de estritas medidas de confinamento. O surto surgiu em Wuhan, na província de Hubei, na região do país, que passou mais de 70 dias sob rígida política de isolamento social.
De acordo com a universidade americana Johns Hopkins, a China registrou mais de 84 mil casos de infecção pelo novo coronavírus e 4,6 mil mortes. Mais de 79 mil pessoas se recuperaram.
Do G1