Wilson Filho alerta para perigo da ‘limitação da democracia’ com eleições em meio à pandemia: “É um contrassenso”

“Hoje, a gente não pode velar ou até enterrar um ente querido. E mesmo assim teremos eleições?”.

“Hoje, a gente não pode velar ou até enterrar um ente querido. E mesmo assim teremos eleições?”. O questionamento é do deputado estadual Wilson Filho (PTB) que alerta para o perigo da realização de eleições em plena pandemia do coronavírus. Ele também chamou a atenção para a ‘limitação da democracia’ que o pleito trará nos atuais moldes, sem o olho no olho ou o aperto de mão.

“Política é olho no olho, é pegar na mão, é sentir o calor humano e receber sugestões onde você chega. Se você limitar a democracia somente a quem tem internet, estaria havendo uma exclusão das pessoas que não têm esse acesso ou não esbanjam facilidade em manusear essas ferramentas”, ressaltou.

Apesar de os prazos do TCE e as datas por exemplo das convenções estarem mantidas, para o parlamentar, que é dirigente estadual do partido, não há cenário favorável para uma eleição e ainda há tempo para Congresso Nacional e Justiça Eleitoral reverem o calendário. “É um contrassenso existir eleições este ano”, desabafou.

Ele ainda considerou ilógico a realização de convenções virtuais e lembrou que não apenas esse evento, mas diversos setores foram afetados negativamente pelo fato de as pessoas não poderem sair de casa.

O deputado estadual corroborou sua fala também com a justificativa de que se condena a aglomeração em supermercados e em bancos. “Tudo isso é questionado. Então, partindo desse argumento, como será quando 120 milhões de pessoas tiverem que ir votar em espaços fechados, com filas e tudo mais?”, frisou.

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