A falta de quórum para votação voltou à pauta na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 02. Embora o painel registrasse a presença de 27 parlamentares, apenas 17 foram contabilizados em plenário.
Após o Pequeno Expediente, a sessão chegou a ser suspensa por alguns minutos para que os deputados presentes voltassem ao plenário.
Em testemunho, o deputado João Gonçalves, um dos mais assíduos da Casa, revelou que foi marcar presença, mesmo estando doente.
"Tivemos que suspender por cinco minutos para catar parlamentar para vir para plenário. Já esgotou o limite, não quer vir votar matéria que não venha, mas que se coloque a falta. Eu tou aqui doente desde a madrugada, mas desde oito da manhã eu já estava na comissão. Mas se houver problemas de outra ordem, já que na hora da votação desaparecem, a Mesa tem que chamar o feito à ordem" disse o deputado João Gonçalves.
Os deputados estaduais Ricardo Barbosa (PSB), Wilson Filho (PTB) e Jeová Campos (PSB) também se revezaram na tribuna para criticar o boicote dos colegas ao início dos trabalhos.
"A sociedade já questiona a produtividade das Casas Parlamentares deste país. Se imagina que o parlamento só trabalha, terças, quartas e quintas, o que não é verdade, às vezes nem domingo nós temos descanso. Mas nesses dias de sessão temos que ter produção de verdade. É muito chato olhar para um painel e ver vinte e sete deputados presentes e pessoalmente numa pauta importante nós não temos nem o quórum mínimo necessário" declarou Wilson Filho.
Jeová pediu que os colgas ausentes coloquem a mão na consciência e voltou a reforçar a necessidade de corte do ponto.
"A responsabilidade exige neste momento que cada um bote a mão na consciência e cumpra o seu papel. Nós somos pagos e não temos o direito de vir aqui fazer gracinha porque todo mundo recebeu o seu salariozinho. Deve-se adotar o corte de ponto para todo mundo" defendeu.
Já Ricardo Barbosa chegou a cogitar que os parlamentares do chamado G9 teria esvaziado a Casa propositalmente.
"Vários deputados se retiraram propositalmente por entender que projetos que tramitam aqui na Casa, de seus pessoais interesses não estão na pauta ainda e que voltariam a plenário depois dessas pautas, mas não é possível deputados aqui brincando de resolver problemas pessoais" lamentou.
O presidente da ALPB, Adriano Galdino chegou a ler o regimento da Casa e assegurou que a ausência dos deputados no momento das votações pode ser configurada como falta e desta forma ser passível de corte de ponto.