A Prefeitura do Rio bloqueará toda a orla carioca na virada do ano, ampliando a restrição que já havia sido anunciada para o tradicional Réveillon na praia de Copacabana.
Numa entrevista permeada de alertas sobre os riscos da segunda onda de Covid-19, Alexandre Cardeman, chefe-executivo do COR (Centro de Operações Rio), elencou ações para impedir que pessoas se aglomerem nas praias da cidade.
Se autoridades estimaram que quase três milhões se reuniram para assistir à queima de fogos em Copacabana no Réveillon de 2020, o de 2021 terá um céu limpo. Os fogos de artifício estão proibidos entre a meia-noite desta quarta (30) até as 7h de sexta (1º), inclusive espetáculos promovidos pela rede hoteleira, segundo Cardeman.
O veto se estende a festas privadas no calçadão e na areia. Até esta segunda (28), quiosques como o Abracadabra Beach, na avenida Atlântica, a via costeira de Copacabana, ainda traziam cartazes anunciando música ao vivo para a virada. À reportagem um funcionário disse que os festejos foram cancelados após a ordem municipal, só a ceia continuará sendo servida.
Na conversa com jornalistas, Cardeman pediu mais de uma vez que as pessoas ficassem em casa para “mitigar aglomerações”. Era um “recado duro e direto para a população”, mas necessário num país que já computa 190 mil vítimas de Covid-19, número que deve inflar após as festas de fim de ano.
“Não há imagem melhor do que a orla vazia e a Praia de Copacabana sem ninguém para que possamos homenagear a todos que se foram”, disse. Os que insistirem em sair de casa, segundo ele, terão de “enfrentar transtornos” e “situação de desconforto”.