Missa de Cinzas nesta quarta-feira marca início da Quaresma e lançamento da Campanha da Fraternidade na Paraíba

Quarta-feira de Cinzas, dia 02 de março, é o dia que marca o início da Quaresma para os católicos.

Quarta-feira de Cinzas, dia 02 de março, é o dia que marca o início da Quaresma para os católicos. A Missa na Catedral, com o Arcebispo da Paraíba Dom Manoel Delson, será às 9h da manhã. O arcebispo preside a Missa na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa.

A Quaresma é o período de 40 dias, que se estende até o Tríduo Pascal, na preparação para a maior e mais importante festa da Igreja: a Páscoa (a ressurreição de Jesus).

Além de marcar o início do Tempo Quaresmal, o momento abre oficialmente a Campanha da Fraternidade 2022, que tem como tema “Fraternidade e Educação – fala com sabedoria, ensina com amor” (cf Pr 31,26).

A Igreja sugere algumas ações, como jejum e penitência. “Não há obrigações para os católicos. O que existe é uma orientação, para que cada pessoa faça seu sacrifício, sua penitência, com a real intenção de mudar. Abster-se alguns alimentos ou algumas práticas, por exemplo, são caminhos de purificação espiritual. A Igreja oferece as orientações. A confissão também faz-se necessária, para que o sacerdote possa ajudar o fiel à retomar o caminho de uma vida livre de culpas e pecados”, afirma Dom Delson.

Tempo Quaresmal

Na celebração que marca este dia, o sacerdote põe a cinza na testa (ou na cabeça) do fiel e diz: “Lembra-te que do pó viestes e ao pó retornarás”. A citação é um versículo retirado do livro do Gênesis e é utilizado para que as pessoas lembrem que são passageiras nesse mundo. Outra frase utilizada é “Convertei-vos e crede no Evangelho”, retirado do Evangelho de Mateus. O versículo remete ao período de conversão proposto pela Igreja, que é a Quaresma. O arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, explica que “todo tempo é tempo para se arrepender dos pecados, para uma conversão pessoal. A Igreja apenas propõe um período de interiorização, de abstinências, de sacrifícios para que o Cristão consiga perceber seus pecados, suas falhas e buscar ser uma pessoa melhor, um melhor cristão… a conversão pessoal”.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Essa é a terceira vez que a temática da educação será abordada na Campanha da Fraternidade. O tema já foi objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998. De acordo com a introdução do texto-base, foi “a realidade de nossos dias que fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da Covid-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”.

Os textos oficiais da CF ainda reforçam que trata-se de uma campanha que, mais do que abordar outro aspecto específico da problemática educacional, vai refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspectiva católico-cristã.

Nessa perspectiva, a educação é compreendida não apenas com um ato escolar, com transmissão de conteúdo ou preparação técnica para o mundo do trabalho, mas de um processo que envolve uma “comunidade” ampliada que inclui todos os atores (família, Igreja, Estado e sociedade).
A CF 2022 é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco. Na carta convocação ao Pacto, o Santo Padre apresenta elementos constitutivos de uma educação humanizada que contribua na formação de pessoas abertas, integradas e interligadas, que também sejam capazes de cuidar da casa comum já que a “educação será ineficaz e os seus esforços estéreis se não se preocupar também em difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à sociedade e à relação com a natureza”, conforme explicitado na Encíclica Laudato Si’, 2016, nº 215.

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