Prefeito critica sistema atual e anuncia novo modelo de transporte coletivo para Campina Grande

Para Bruno Cunha Lima, o sistema em vigor há 40 anos não conseguiu acompanhar o desenvolvimento do município.

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, revelou, nessa terça-feira (17), que pretende mudar o sistema de transporte público urbano. O gestor informou que o novo projeto para o setor será lançado em breve. O plano prevê intervalo de apenas 10 minutos entre os ônibus.

Bruno Cunha Lima criticou o sistema que vigora há quatro décadas no município, alegando que ele “não conseguiu acompanhar o desenvolvimento de Campina Grande”.

“A cidade assistiu ao surgimento de novos bairros. A solução foi ‘esticar’ linhas, além da adoção de outras soluções pontuais que apenas transformaram o sistema numa verdadeira colcha de retalhos”, disse.

O prefeito adiantou que o novo sistema contará com linhas principais percorrendo os maiores corredores e vias urbanas, a exemplo das Avenidas Floriano Peixoto e Almeida Barreto.

“Serão cinco ou seis linhas principais. Também teremos linhas circulares, que vão permitir ao cidadão sair de bairro a bairro, além de linhas alimentadoras, dentro dos bairros. Os ônibus, inclusive, passarão em média a cada 10 minutos nas paradas dos coletivos”, explicou.

A data de lançamento do projeto não foi divulgada, mas as declarações do prefeito chamam atenção pelo recente impasse com o Sindicato das Empresas de Ônibus de Campina Grande (Sitrans).

No dia 5 de maio, a entidade anunciou a suspensão das linhas 903-B, 910, 902 e 955, que ligam Campina Grande aos distritos de São José da Mata, Jenipapo, Estreito-Salgadinho e Galante. No dia 6, a 2ª Vara de Fazenda Pública proibiu o sindicato de suspender a circulação dos ônibus. O Sitrans não cumpriu a ordem e, no dia 7, o município amanheceu sem ônibus. O diretor da entidade, Anchieta Bernardino, foi intimado oficialmente a cumprir a determinação, sob pena de multa diária de R$ 20 mil, mas continuou ignorando a justiça. Uma intervenção municipal como resposta ao abandono das linhas pelas empresas começou a ser planejada em 9 de maio e foi concretizada no dia 12, com a contratação emergencial de novos ônibus. O serviço só foi restabelecido pelo Sitrans depois que a justiça aumentou para R$ 100 mil o valor da multa diária.

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