A prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro será usada como pretexto por deputados para fritar o presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Marcelo Ponte.
Parlamentares, alguns da União Brasil e do Republicanos, andam irritados com a preferência dada ao PL e ao PP na execução das emendas de relator, o chamado orçamento secreto. Eles reclamam que, em 2022, os recursos oriundos do fundo só estão sendo empenhados para esses dois partidos.
Ponte é ligado ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente do PP.
Alagoas, o estado de origem do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), por exemplo, foi a unidade da federação que recebeu mais empenhos (reservas para pagamento) de emendas parlamentares vinculadas ao FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) entre janeiro de 2021 e este mês, mostrou o UOL.
O fundo de educação está no centro das suspeitas de corrupção do MEC (Ministério da Educação) e que levaram à exoneração de Milton Ribeiro do comando da pasta no final de março -após denúncias de privilegiar pastores em um esquema informal de obtenção de verbas na Educação a pedido de Bolsonaro.
A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (22) uma operação contra o ex-ministro e pastores suspeitos de operar um balcão de negócios na pasta e na liberação de verbas do FNDE .