O terceiro suspeito de envolvimento no latrocínio do comandante da Guarda Municipal de Conde, Sérgio Carneiro, foi liberado após depor, por causa do prazo eleitoral que isenta de prisão, salvo exceções como flagrante e outras condições, dias antes do domingo de votação no primeiro e no segundo turno. O jovem de 23 anos confessou que estava com o atirador no momento da ação criminosa que resultou no assassinato do guarda municipal no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa, na noite da quarta-feira (19) passada.
O homem se apresentou à Polícia Civil nessa terça-feira (25). Na Delegacia de de Crimes Contra o Patrimônio (DCCPAT) da Capital, ele prestou depoimento à delegada Emília Ferraz. A delegada informou que o terceiro suspeito confirmou que estava no local do crime e que quem atirou contra o guarda municipal foi o comparsa dele.
O suspeito alegou que apenas acompanhou o atirador, sem saber da intenção dele de roubar um carro na orla do Cabo Branco, em João Pessoa. O homem relatou que presenciou o latrocínio cometido pelo comparsa e, após os tiros, fugiu.
A delegada Emília Ferraz informou que entrou com representação pela prisão preventiva junto à 7ª Vara Criminal, a qual expediu o mandado de prisão. Contudo, por causa da proibição prevista na legislação eleitoral, de execução de prisões dias antes do domingo de eleição, o homem foi liberado. De toda forma, ainda segundo a delegada, ele deve se apresentar na próxima semana para que seja cumprido o mandado de prisão, conforme acordo firmado com o suspeito e o advogado dele.
Latrocínio contra Sérgio
Sérgio estava na orla do Cabo Branco quando foi rendido por criminosos e reagiu atirando. Ele foi baleado e, instantes depois, seu carro bateu em um poste. O Samu tentou socorrê-lo, mas constatou que o guarda civil municipal de Conde já estava morto dentro do veículo após ser baleado.
O primeiro suspeito foi preso na manhã do último sábado (22). Ele confessou ter atirado e assassinado Sérgio Carneiro e revelou que a intenção era apenas roubar o carro da vítima, a qual ele não conhecia. Ele está recolhido no Presídio do Roger, após ter prisão convertida em preventiva.
O segundo suspeito foi detido ainda na tarde do sábado. Ele seria motorista de aplicativo e teria dado suporte à dupla que agiu na rendição do guarda. Ele foi liberado após depoimento.