O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros desmentiu, durante entrevista ao Paraíba Já, que esteja ocorrendo subnotificação do número de casos do novo coronavírus na Paraíba. De acordo com ele, as ações precoces do governo auxiliaram no combate a doença, além dos treinamentos oferecidos aos profissionais da Saúde para lidar com casos suspeitos de infecção pelo vírus.
Geraldo destacou que as medidas adotadas rapidamente para conter a disseminação do vírus na Paraíba e a atuação da Secretaria de Saúde do Estado (SES) foram elogiadas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e também explicou que os números de contaminação dos estados vizinhos não podem ser comparados, levando em consideração a diferença na quantidade de habitantes.
“Os números dependem da população de cada estado. A Paraíba tem 4,5 milhões de habitantes e Pernambuco tem mais que o dobro, então é claro que vai ter mais casos, Ceará também. A Paraíba e a Secretaria de Saúde foram elogiadas pela Abin, pois somente aqui e mais dois estados tomaram medidas precoces para combater o coronavírus”, afirmou.
Outro fator que o secretário aponta é o baixo número de turistas que visitam o estado, o que diminui o risco de casos importados. Além disso, medidas rápidas como treinamento dos profissionais da Saúde em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Programa Saúde da Família (PSFs) e emergências de hospitais públicos e privados trouxeram mais reforço no combate a pandemia, o que justifica os números de casos confirmados divulgados pela SES. Ele também se disse surpreso por por avaliar que parece ter algumas pessoas “torcendo para que tenha mais casos e mais mortes”.
“Além disso, a Paraíba tem um baixo fluxo de turistas, nós temos apenas um voo internacional que era da Argentina e foi suspenso. A questão do fluxo de turistas aqui na Paraíba é outro fator que contribui para que tenhamos menos casos aqui. Aliado também a isso tem o comportamento operacional dos servidores das secretarias, que desde 21 de fevereiro realizam trabalho de capacitação juntos aos servidores de todo o estado. Os servidores das UPAs, PSFs e emergências dos hospitais públicos e privados, que foram treinados precocemente para lidar com esses pacientes, apresentam um alto grau de suspensão. Na eventualidade de um paciente desse chegar a emergência de um hospital, isolar e fazer a coleta do material para que aquele paciente não contamine outras pessoas. É uma série de elementos que justificam esse baixo número de casos na Paraíba. Isso me surpreende, pois parece que tem pessoas torcendo para que tenha mais casos e mais mortes”, pontuou.