O advogado Robério Capistrano, que representa a família da modelo Lorrayne Damares, morta em dezembro de 2020, disse que espera pena de pelo menos 27 anos de prisão para o réu, Kennedy Ramon Alves Linhares. A Justiça da Paraíba determinou que o acusado vá a júri popular no dia 27 de fevereiro deste ano.
“Vamos trabalhar para que sejam mantidos todos os qualificadores e que o réu pegue pena máxima, entre 27 e 30 anos. Além disso, vamos pedir que ele pague uma indenização à família de Lorrayne, pois ela era quem sustentava a mãe e os irmãos”, informou Robério Capistrano.
O crime cometido por Kennedy Ramon Alves Linhares recebeu quatro qualificadores: motivo torpe, asfixia, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio. Ele confessou a autoria do assassinato à Polícia Civil e, apesar de ter permanecido em silêncio na audiência de instrução, pretende confirmar a conduta delituosa perante o Tribunal do Júri.
“Ele tem consciência de que cometeu um delito. No entanto, não é porque alguém comete um crime que devemos recorrer à barbárie, ao olho por olho, dente por dente. Precisamos aplicar uma pena justa, de acordo com o Código Penal determina, baseado na conduta de quem está sendo julgado”, disse Getúlio Sousa, advogado de defesa do réu.
Lorrayne Damares da Silva, de 19 anos, foi encontrada morta em 20 de dezembro de 2020. O corpo da modelo estava embaixo de uma ponte às margens do Rio Paraíba, em uma região conhecida como Café do Vento, no município de Sobrado. Ela havia desaparecido na semana anterior.
Apontado como suspeito desde o início das investigações, Kennedy Ramon Alves Linhares foi preso em 19 de dezembro, na cidade de Eunápolis, extremo sul da Bahia. Foi ele quem apontou às autoridades o local onde estava o corpo.
