Biden desafia Putin com visita surpresa a Kiev às vésperas do 1º ano da guerra

Biden chegou à capital ucraniana no começo da manhã, após cerca de uma hora de viagem de trem desde a fronteira da Polônia, país que ele visitará oficialmente por dois dias na terça (21) –quando o presidente russo fará um discurso sobre a guerra na Assembleia Federal, o Congresso em Moscou.

Former vice-president and Democratic presidential nominee Joe Biden accepts the Democratic Party nomination for US president during the last day of the Democratic National Convention, being held virtually amid the novel coronavirus pandemic, at the Chase Center in Wilmington, Delaware on August 20, 2020. (Photo by Olivier DOULIERY / AFP)

Em uma demonstração de apoio explícito à Ucrânia e de desafio direto a Vladimir Putin, o presidente americano, Joe Biden, iniciou nesta segunda (20) uma viagem surpresa a Kiev às vésperas do aniversário de primeiro ano da invasão russa do vizinho.

Biden chegou à capital ucraniana no começo da manhã, após cerca de uma hora de viagem de trem desde a fronteira da Polônia, país que ele visitará oficialmente por dois dias na terça (21) –quando o presidente russo fará um discurso sobre a guerra na Assembleia Federal, o Congresso em Moscou.

O americano encontrou-se com o presidente Volodimir Zelenski, na visita de mais alto calibre diplomático até aqui no conflito, que completa um ano na sexta (24). Antes, líderes como o então premiê britânico Boris Johnson ou a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, estiveram em Kiev.

Por motivos óbvios, houve grande segredo sobre a visita de Biden, que caminhou nas ruas da capital ao lado de Zelenski. Durante o início de sua visita, alarmes antiaéreos soaram por todo o país, mas não houve registro de ataques à cidade.

A visita ocorre em um momento de inflexão na guerra, com aumento grande da pressão russa no leste e no sul do país, nas áreas que Putin declarou serem da Rússia em setembro. Kiev, por sua vez, apela cada vez mais por armas mais sofisticadas e potente, particularmente caças – há a expectativa se Biden mudará de ideia e liberará o fornecimento desses aviões, o que será lido como uma provocação ofensiva pelos russos.

Até aqui, americanos e ocidentais em geral têm escalado sua ajuda militar a Kiev de forma pausada, passo a passo, e a promessa de tanques de guerra modernos, que ainda não chegaram, é o estágio atual.

No fim de semana, o chefe da diplomacia europeia, o catalão Josep Borrell, disse em uma conferência que a guerra estaria “acabada” se a Europa não conseguisse ampliar a produção e o fornecimento de munições para a Ucrânia, que tem gasto todo seu estoque e também o de países da Otan (aliança militar de 30 países liderada por Washington).

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