Coração Paraibano atende mais de 100 pessoas em duas semanas de atividades

Conforme os dados da PB Saúde, só em relação ao número de cateterismos de urgência, foram 34 atendimentos

Em apenas duas semanas de atividades, o programa Coração Paraibano, rede de cuidados de urgência e emergência cardiológica especializada em atendimento a pacientes com infarto, já atendeu mais de 100 pessoas, entre procedimentos de urgência e eletivos realizados nas hemodinâmicas gerenciadas pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), entre o lançamento, no dia 10 de março, e esta terça-feira (28).

Segundo o secretário de estado da Saúde, Jhony Bezerra, o tempo-resposta entre o atendimento, diagnóstico e a realização dos procedimentos, graças ao protocolo do Coração Paraibano, foi fundamental para a saúde destas pessoas. “Foram mais de 100 vidas salvas em pouco mais de 15 dias. Pessoas que até um mês atrás poderiam ter falecido ou ficado com sequelas graves, por não existir um protocolo direcionado para o atendimento em tempo hábil”, explica.

Conforme os dados da PB Saúde, só em relação ao número de cateterismos de urgência realizados pelo Coração Paraibano, foram 34 atendimentos na 2ª Macrorregião de Saúde, 29 na 1ª Macrorregião e sete na 3ª Macrorregião.

Entre os casos de destaque, está o de Francisco de Assis Araújo, da cidade de São Mamede, e que foi o primeiro paciente a ser submetido a uma angioplastia coronária pelo SUS no Sertão paraibano. Francisco, que tem 62 anos, sofreu um infarto na cidade onde mora, e em tempo recorde foi atendido, transferido para Patos e submetido ao procedimento.

“Eu fui atendido em estado grave e até o mês passado não existia esse atendimento no Sertão, a gente teria que ser transferido para outra cidade, mas com a hemodinâmica aqui, eu fui atendido rapidamente e estou aqui para contar a história de como fui parte deste procedimento pioneiro. A rapidez na realização foi incrível”, ressaltou.

O sucesso do tempo-resposta dos atendimentos, graças ao protocolo do Coração Paraibano, impressiona também os profissionais de saúde. Rayane Torres é médica no Hospital Distrital de Itaporanga, também no Sertão, e no domingo (26) realizou um atendimento na unidade hospitalar de um paciente com quadro de dor torácica.

“Foi tudo tão rápido que eu até gravei os horários em que aconteceram os fatos. Às 13h30 ele deu entrada no hospital, eu iniciei os protocolos e pedi os exames, que chegaram em 10 minutos. Imediatamente, solicitei a regulação e ao ser autorizada a transferência para Patos, acionamos o Samu, que levou o paciente para o Hospital Regional de Patos às 14h40. Quando foi às 18h, a médica que o atendeu na unidade me informou que ele já tinha passado pelo procedimento na hemodinâmica. Ou seja, cerca de quatro horas depois do diagnóstico, o paciente já tinha feito o cateterismo. Foi realmente emocionante, porque a gente nunca tinha visto tamanha resolutividade em casos deste tipo. Como profissional, foi muito gratificante poder atender, diagnosticar e ver o paciente passando pelo procedimento em tão pouco tempo. O Coração Paraibano está sendo um marco”, concluiu.

Coração Paraibano – O programa conta com uma estrutura de quatro hemodinâmicas espalhadas em três hospitais, nas três Macrorregiões de Saúde. São duas no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita; uma no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande; e uma no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, em Patos.

Além disso, a rede conta com 12 hospitais auxiliares que dão suporte na estabilização dos pacientes e na aplicação dos trombolíticos, a partir de um diálogo via rede de telemedicina com suporte 24h por profissionais do Metropolitano, hospital coordenador do programa, e com regulação feita pela Central Estadual de Regulação.

O protocolo do atendimento direciona os pacientes que sofreram um infarto a um hospital mais próximo para realizar a trombólise. A regulação é feita pela Central Estadual de Regulação, que é a gestora dos leitos de cardiologia de toda a Paraíba. O paciente também poderá ser regulado para uma unidade coronariana para realizar o cateterismo de urgência e terá prioridade zero nas regulações.

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