Concreto aumenta mais de 80% na Paraíba e construtores recorrem ao Ministério Público pedindo redução

Construtores viram custo do item subir “absurdamente” e impacto na economia pode ser negativo. Categoria recorreu ao Ministério Público para chegar a um acordo com indústria de concreto na Paraíba.

Em menos de 15 dias, construtores viram o custo do concreto subir “absurdamente” na Paraíba, já que o item aumentou em mais de 80% e o custo, para erguer um imóvel, teve impacto negativo com repasse inevitável aos clientes.

Em entrevista, nesta quarta-feira (31), o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-João Pessoa), Wagner Breckenfeld, disse que o reajuste foi “abusivo” para a categoria.

“O preço oscilava a R$ 430 a R$ 480 até 15 dias atrás. Agora  aumentou em 40% o preço do concreto repassado aos construtores da Paraíba chegando a R$ 690, em alguns casos aumentou 80%. No nosso caso se trata do concreto usinado, metro cúbico do Fck 30 que é um dos concretos mais usados”, explicou.

Segundo ele, o impacto poderá causar consequências para a economia do estado. “Desemprego, pois não há como ser competitivo. Além disso, se não houve uma redução desse reajuste abusivo poderá haver o recuo de novas construções com prejuízos em toda a cadeia da construção civil”, alertou o presidente da entidade.

A categoria já participou de duas audiências com o Ministério Público e a indústria de concreto para viabilizar um acordo. Para o presidente do Sinduscon João Pessoa, foi concedido um prazo para que as concreteiras se adequem e lancem preços mais justos.

O promotor Romualdo Tadeu de Araújo Dias, em portaria publicada pelo Procon do Ministério Público da Paraíba, instaurou inquérito civil para apurar a responsabilidade e adotar previdências acerca de irregularidade no aumento, “de forma abusiva, dos preços do cimento por parte das fábricas situadas no estado, para, sendo necessário, propor Ação Civil Pública ou celebrar Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta”, diz trecho da portaria.

Confira o documento:

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