Na lista de indiciamentos solicitados pela relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos ocorridos em 8 de janeiro, o nome do paraibano Tércio Arnaud Tomaz ganha destaque. O relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-AM), que abrange um total de 61 pessoas envolvidas na tentativa de golpe militar, tem 1.333 páginas e é resultado de cinco meses de trabalho do colegiado.
De acordo com o documento, Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor especial da Presidência, é apontado como membro do “gabinete do ódio”, responsável por diversas páginas que foram retiradas do ar por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O relatório enfatiza que Arnaud iniciou suas atividades em apoio a Jair Bolsonaro muito antes de se tornar assessor presidencial. Seu trabalho ganhou notoriedade e atraiu o interesse de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio e filho do ex-presidente.
Além disso, Tércio Arnaud Tomaz também foi candidato a suplente de senador nas eleições de 2022, na Paraíba. O relatório menciona: “Outro nome de relevo da estrutura do gabinete do ódio era Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor especial da presidência. Ele aparece como dono de diversas contas (entre perfis pessoais e páginas) em redes sociais no Brasil, que foram suspensas pelo Facebook e pelo Instagram por infringirem as regras de conduta dessas redes sociais.”
O relatório, conforme a senadora Eliziane, se baseia em depoimentos e em uma grande quantidade de documentos que chegaram à comissão de inquérito. Além do indiciamento de Tércio Arnaud Tomaz, a relatora solicita o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado.
