A Lei 14.943, de autoria do vereador Milanez Neto, que reconhece o Teatro Ednaldo do Egypto, localizado no bairro de Manaíra, como Patrimônio Cultural da Capital foi sancionada pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.
O vereador justificou o projeto afirmando que o teatro faz parte da cultura da cidade e que desenvolvimento e preservação devem caminhar juntos.
“Não podemos pensar em João Pessoa crescer sem respeitar o movimento cultural. Essa responsabilidade é de todos nós, de todos os poderes e de uma sociedade. A terceira capital mais antiga do país tem que respeitar a sua memória e preservar mais a cultura. Com esse pensamento foi que propus essa Lei, nosso gabinete seguirá com outras demandas e inciativas”, destacou.
O parlamentar explicou que o teatro Ednaldo do Egypto foi colocado à venda, por várias vezes, e que tem tentado junto à gestão municipal uma solução definitiva.
“O contrato de aluguel com o teatro, foi renovado por mais um ano, em setembro. Na ocasião, o prefeito Cícero afirmou que a intenção é desapropriar de forma passiva e amigável”, pontuou.
Milanez falou do seu engajamento para emenda impositiva destinada à Prefeitura de João Pessoa para manutenção do espaço e as articulações para garantir recursos federais.
“O nosso mandato já assumiu o compromisso de destinar emenda parlamentar de nosso gabinete e também da bancada federal, conversei com o senador Veneziano para que também seja disponibilizado recursos direto de Brasília para auxiliar à Prefeitura na desapropriação e posteriormente entrega-lo a cidade João Pessoa sendo o nosso primeiro teatro municipal”, disse.
O parlamentar informou que os valores das emendas não foram decididos porque há ainda da parte da Prefeitura a necessidade de estudos técnicos para desapropriação da área.
O teatro
O Teatro Ednaldo do Egypto foi inaugurado em 27 de março de 1995, em homenagem ao Dia Internacional do Teatro e do Circo pelo ator pessoense, Ednaldo Gonçalves do Egypto, que era um entusiasta, admirador e fomentador das artes cênicas na Capital.
Ednaldo afirmava que desde a infância era fascinado pelo teatro e queria criar um espaço onde pudesse existir espetáculos, formações e apresentações artísticas. Em 2002, o ator morreu, mas o local ficou mantido devido a um convênio entre os herdeiros e a Prefeitura de João Pessoa, em 2007, tornando o espaço um Centro de Arte e Cultura Municipal.