Voluntários, paraibanos preparam refeições para equipes de resgate

Solidariedade: Esse é o sentimento que move dezenas de voluntários que de alguma forma buscam colaborar com o resgate das vítimas dos dois prédios na comunidade da Muzema, no Rio de Janeiro.

Natural de Alagoinha, a paraibana Maria José Targino é uma dessas pessoas que decidiram doar um pouco do seu tempo para ajudar. Ela atua em uma cozinha comunitária que prepara comida para as equipes do Corpo de Bombeiros, Exército, socorristas e outros profissionais que trabalham nas buscas.

A doméstica que mora na comunidade com esposo e filho, conta que no local chegou a haver 100 voluntários no grupo que é composto, principalmente por paraibanos e cearenses que formam basicamente o povoado da Muzema.

“Só no sábado preparamos 240 quentinhas. Essas refeições consistem em café-da-manhã, lanches, almoço e janta”, disse ela ao Portal MaisPB, afirmando que ontem voltou para casa às 23h. “Temos que ser solidários com as pessoas que estão sofrendo com as enchentes e principalmente agora com os prédios que caíram e com quem está trabalhando lá”, acrescentou.

De acordo com Maria José, a população tem colaborado e doado roupas, água e alimentos. Por causa do grande volume de doações, o padre da paróquia onde funciona o ponto de apoio suspendeu o recebimento por não ter onde armazenar.

“O ponto recebeu tantas doações que encerrou porque estava com a base muito cheia e ficamos com medo de perder. Essas doações estão sendo recebidas em outras igrejas como Assembleia de Deus e Igreja Batista”, explicou.

Até agora foram registradas 10 mortes no desabamento. Entres a vítimas está o pastor e líder comunitário paraibano Cláudio Rodrigues, de 40 anos, que estava no prédio com a mulher e a filha. Natural de Serra Branca, ele ainda foi resgatado com vida, mas não resistiu aos ferimentos. A esposa, Adilma Rodrigues, 35 anos, segue internada em estado grave. Já a filha dele, Clara, já recebeu alta.

Outras 14 pessoas continuam desaparecidas, entre elas seis paraibanos. Ana Flávia Pereira e seu filho, Jeferson Trajano, sua esposa, identificada por Carla, de 30 anos, e dois filhos de seis e quatro anos ainda são procurados nos escombros do prédio onde moravam.

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