A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta sexta-feira (22) a aprovação da atualização na composição das vacinas Spikevax (da farmacêutica Adium) e Comirnaty (da Pfizer), ambas amplamente utilizadas no Brasil para prevenir a covid-19. A mudança atende às normas recentemente estabelecidas pela agência, alinhadas às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Atualização das cepas
A alteração consiste na substituição da cepa do vírus utilizada na produção dos imunizantes, garantindo maior eficácia contra variantes atuais. A medida segue o mesmo princípio já adotado na atualização periódica das vacinas contra a gripe (influenza). De acordo com a OMS, essas mudanças são fundamentais para assegurar a eficácia das vacinas diante da evolução do vírus.
A recomendação mais recente da OMS, publicada em 26 de abril de 2024, apontou a necessidade de atualização dos imunizantes para incluir a cepa JN.1. Essa orientação é baseada no monitoramento global das variantes em circulação e na avaliação da eficácia das vacinas existentes.
Vacinas aprovadas no Brasil
Atualmente, o Brasil conta com três vacinas monovalentes aprovadas para prevenir a covid-19. Entre elas, apenas a Spikevax e a Comirnaty solicitaram a atualização de suas composições à Anvisa. O processo de análise foi priorizado em setembro pela agência, considerando a relevância dessas vacinas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde.
Indicações e aplicação
As indicações para uso das vacinas permanecem inalteradas, sendo aplicáveis a indivíduos a partir de 6 meses de idade. Os esquemas de vacinação variam conforme o produto, a faixa etária e o histórico de imunização prévia do paciente.
Para informações detalhadas sobre as novas composições, a Anvisa recomenda a consulta às bulas atualizadas da Spikevax e da Comirnaty, disponíveis no Bulário Eletrônico da agência.
Impacto na imunização
Essa atualização marca um passo importante na luta contra a covid-19, especialmente em um momento em que variantes continuam a surgir e desafiar a eficácia das vacinas disponíveis. Com a adaptação dos imunizantes às novas cepas, espera-se fortalecer a proteção da população e reduzir os riscos associados à doença.
A decisão reforça o compromisso do Brasil com a ciência e a saúde pública, colocando o país em linha com as melhores práticas globais de vacinação e monitoramento de doenças infecciosas.
