Os motoristas e funcionários das empresas de transporte coletivo de João Pessoa recusaram, nesta segunda-feira (27), a proposta de reajuste salarial de 5% apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Sintur) durante audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Sem acordo, a greve deve continuar, com nova audiência marcada para a próxima quarta-feira, às 14h.
Demandas da categoria
Os trabalhadores, representados pelo Sindicato dos Motoristas de Ônibus, reivindicam um reajuste salarial de 15%, enquanto o Sintur havia inicialmente oferecido 3%, aumentando para 5% na audiência desta segunda-feira. A contraproposta, no entanto, foi rejeitada pela categoria, que mantém o movimento grevista iniciado na semana passada.
Impactos na população
O impasse afeta diretamente cerca de 180 mil pessoas, que dependem do transporte público na capital. A frota de quase 400 ônibus segue parada nas garagens, e 800 motoristas aderiram à paralisação. João Pessoa, que já possui uma das tarifas de ônibus mais altas do Brasil, R$ 5,20, continua enfrentando dificuldades de mobilidade urbana.
Reivindicações e contexto
Além do reajuste salarial, os motoristas demandam melhores condições de trabalho. Segundo a categoria, o aumento oferecido pelo Sintur não é suficiente para compensar a alta do custo de vida e a pressão enfrentada pelos profissionais no exercício de suas funções.
Enquanto a população busca alternativas para locomoção, a paralisação causa impacto em outros setores da cidade, como o comércio e serviços, que dependem do transporte coletivo para o deslocamento de funcionários e clientes.
Próximos passos
Com a próxima audiência marcada para quarta-feira, há expectativa de que as negociações avancem para uma solução que contemple tanto os trabalhadores quanto as empresas, minimizando os transtornos à população.