A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a Operação Arthron, com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes milionárias no Programa Farmácia Popular e tráfico internacional de drogas. Durante a ação, foram cumpridos seis mandados de prisão, 26 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 39 milhões dos investigados.
As operações ocorreram no Distrito Federal e em cinco estados, incluindo a Paraíba, com ações no bairro do Bessa, em João Pessoa, e na cidade de Sousa, no Sertão.
Esquema de fraudes
As investigações, iniciadas em 2022, revelaram que a organização criminosa desviava recursos do Farmácia Popular por meio de farmácias fictícias e empresas de fachada. Os valores obtidos de maneira fraudulenta eram utilizados para financiar o tráfico de drogas, distribuindo entorpecentes provenientes da Bolívia, Colômbia e Peru para facções criminosas no Brasil.
Além disso, o grupo utilizava indevidamente dados de consumidores para simular a venda de medicamentos que nunca foram fornecidos.
Modus operandi
O esquema operava por meio da aquisição de farmácias licenciadas no Farmácia Popular, mas sem funcionamento real. Após alterações fraudulentas na sociedade empresarial, os criminosos inflavam artificialmente o volume de vendas registradas, aumentando os repasses mensais para até R$ 90 mil por unidade.
Diante do prejuízo milionário gerado ao programa, a Justiça determinou o bloqueio de bens e a aplicação de Dano Moral Coletivo contra os envolvidos.
A Polícia Federal segue com as investigações, e os envolvidos poderão responder por crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e tráfico de drogas.