PF apreende veículos de luxo de lobista ligado a fraudes no INSS em Brasília

De acordo com a apuração, Antunes teria recebido R$ 53,58 milhões de entidades associativas e intermediárias, utilizando empresas para prestar serviços de consultoria a associações de aposentados.

A Polícia Federal (PF) apreendeu, nesta terça-feira (20), cinco veículos de luxo atribuídos ao lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS”, durante uma operação em um prédio comercial em Brasília. A ação faz parte da investigação sobre fraudes nos descontos de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com a PF, o mandado de busca e apreensão teve como objetivo localizar bens de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas, suspeito de adquirir veículos de alto valor com recursos oriundos da fraude contra aposentados.

A apreensão ocorreu após uma denúncia recebida pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que informou à PF, na última quinta-feira (15), que os veículos estavam estacionados na garagem do prédio onde funciona seu escritório.

Entre os veículos apreendidos estão dois BMW, dois Porsche e um Land Rover. A lista completa dos modelos não foi divulgada pela Polícia Federal. Segundo a senadora, os carros estavam no primeiro subsolo da garagem, alguns protegidos por capas.

No início deste mês, a PF encontrou contratos e notas fiscais que ligam a antiga cúpula do INSS a Antunes. As investigações indicam que o lobista atuava em nome de associações dentro do instituto, cooptando funcionários para liberar descontos em massa.

De acordo com a apuração, Antunes teria recebido R$ 53,58 milhões de entidades associativas e intermediárias, utilizando empresas para prestar serviços de consultoria a associações de aposentados. As investigações apontam ainda que ele teria repassado R$ 9,32 milhões a servidores e empresas ligadas a ex-integrantes da cúpula do INSS.

Em nota anterior, a defesa de Antônio Carlos Camilo Antunes, representada pelo escritório Moreira & Schegerin Advogados, informou que não comenta processos em curso, especialmente aqueles que tramitam em segredo de Justiça.

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