A capital paraibana, João Pessoa, registrou em junho de 2025 um dos menores valores médios da cesta básica entre as 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Dieese. O custo ficou em R$ 636,16, valor inferior ao registrado em Salvador (R$ 623,85) e Aracaju (R$ 557,28), a capital com a cesta mais barata do país.
Apesar do custo relativamente baixo, João Pessoa está entre as capitais com maior aumento acumulado no preço da cesta no ano, conforme o comparativo entre dezembro de 2024 e junho de 2025. Ainda assim, o município segue entre os que apresentam maior acessibilidade alimentar, com produtos essenciais mais acessíveis que nas demais capitais.
Na outra ponta, a cesta mais cara do Brasil foi registrada em Florianópolis, com R$ 867,83, seguida por Rio de Janeiro (R$ 843,27) e Porto Alegre (R$ 831,37).
Variações regionais
Entre maio e junho, os preços da cesta básica caíram em 11 capitais e subiram em seis. As maiores quedas ocorreram em Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%) e Goiânia (-1,90%). Já os maiores aumentos foram registrados em Porto Alegre (1,50%) e Florianópolis (1,04%).
Na comparação anual entre junho de 2024 e junho de 2025, a maioria das capitais apresentou alta nos preços, com destaque para Recife (9,39%). A única capital com queda no acumulado de 12 meses foi novamente Aracaju (-0,83%).
Desempenho por produto
Alguns alimentos registraram quedas significativas durante o período analisado:
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Batata ficou mais barata no centro-sul, especialmente em Belo Horizonte (-12,62%) e Porto Alegre (-0,51%).
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Açúcar teve redução em 12 capitais, com destaque para Brasília (-5,43%) e Goiânia (-3,27%).
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Leite integral teve comportamento misto: caiu em 11 capitais, como Brasília (-2,31%), e subiu em cinco, com destaque para Recife (8,93%).
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Tomate subiu em 10 capitais, especialmente em Porto Alegre (16,90%), e caiu em sete, com a maior baixa em Aracaju (-21,43%). Em 12 meses, o tomate ficou mais barato em 16 capitais, como Salvador (-19,72%) e Rio de Janeiro (-14,48%).
Apesar das variações regionais, a pesquisa aponta uma pressão inflacionária persistente sobre itens essenciais, o que reforça a necessidade de monitoramento contínuo dos preços e ações de segurança alimentar, especialmente nas regiões mais vulneráveis.