Brasil sai novamente do Mapa da Fome da ONU, mas desafios persistem

O Brasil já havia saído do mapa em 2014, mas voltou a figurar entre 2018 e 2020 após o agravamento da fome.

O Brasil foi retirado do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo o relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025”, divulgado nesta segunda-feira (28) pela FAO, agência da ONU especializada em alimentação e agricultura.

De acordo com o levantamento, o índice de subnutrição caiu para menos de 2,5% da população, limite que exclui o país da lista de nações com insegurança alimentar grave. A divulgação ocorreu durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, na Etiópia.

O Brasil já havia saído do mapa em 2014, mas voltou a figurar entre 2018 e 2020 após o agravamento da fome. Com base na média de dados entre 2022 e 2024, o país retorna agora ao grupo que tem índices controlados.

Fome ainda preocupa

Especialistas ressaltam que, apesar da melhora nos indicadores, milhões de brasileiros ainda enfrentam dificuldade de acesso à alimentação. Entre os fatores apontados estão:

  • baixa renda e poder de compra limitado

  • inflação dos alimentos

  • desigualdade no acesso a produtos saudáveis, especialmente em áreas classificadas como “desertos alimentares”

Além disso, analistas alertam para o impacto das mudanças climáticas no abastecimento interno e questionam o fato de grande parte da produção agropecuária ser voltada à exportação. O setor do agronegócio, por sua vez, defende que o modelo atual atende tanto ao consumo interno quanto externo.

Apesar dos avanços, o combate à insegurança alimentar segue como desafio central para os próximos anos, mesmo em um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

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