Em entrevista a uma rádio de João Pessoa nesta quinta-feira (7), o presidente da Companhia Docas da Paraíba, Ricardo Barbosa, rebateu as declarações do prefeito de Cabedelo, André Coutinho, sobre a suposta saída da Petrobras do Porto de Cabedelo e o impacto na arrecadação municipal.
Segundo o prefeito, a retirada da estatal teria causado uma queda significativa nos repasses do ICMS ao município, reduzindo a participação de 9,2% em 2022 para 4,8% em 2025. Coutinho atribui a crise financeira da cidade à perda desse importante motor econômico.
No entanto, Ricardo Barbosa disse que “a Petrobras não saiu do Porto de Cabedelo” e que os números apresentados pelo prefeito estão incorretos.
“Eu tenho divergências desses números e dessas informações contextualizadas pelo ex-prefeito e pelo atual prefeito”, declarou.
O presidente da Docas reforçou que o volume de combustíveis movimentados no porto se manteve e até cresceu nos últimos anos. “O volume de combustível continuou o mesmo. Eu já mostrei números, a gente cresceu, nós crescemos em quantidade de participação desse granel líquido do Porto de Cabedelo de 2023 para cá”.
Barbosa ainda destacou que, se houve uma redução na presença da Petrobras, ela ocorreu em 2019, e não em 2023, como alegado pela prefeitura. “A saída foi em 2019, mas não foi uma saída”, afirmou, sugerindo que a empresa mantém operações no local.
