Lula e Trump têm encontro cordial na Malásia e discutem parcerias estratégicas

Questionado sobre Jair Bolsonaro, Trump se limitou a dizer que “se sente mal” pelo ex-presidente, evitando comentários mais diretos. O tema foi tratado como secundário na pauta.

A primeira reunião presencial entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizada nesta sexta-feira (24) em Kuala Lumpur, na Malásia, ocorreu em clima amistoso, contrariando as expectativas de confronto político. Apesar da torcida de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro por um eventual constrangimento público, o encontro foi marcado por trocas de elogios e declarações positivas.

Trump, que busca acordos estratégicos com o Brasil em setores como alimentação, tecnologia e matérias-primas, adotou um tom conciliador. Durante entrevista coletiva, o líder americano afirmou:

“Nós nos damos muito bem. Temos muito respeito pelo presidente Lula e pelo Brasil. Vamos fazer negócios. É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. Acho que o Brasil está indo bem, e seremos capazes de fechar bons acordos em breve.”

O diálogo foi visto como um avanço diplomático, especialmente após semanas de tensão por conta das sobretaxas de 40% aplicadas pelos EUA a produtos brasileiros e das sanções contra autoridades do país. Lula voltou a defender a revisão das medidas e ressaltou que o Brasil “é um parceiro estratégico que quer ser tratado com respeito e reciprocidade”.

Questionado sobre Jair Bolsonaro, Trump se limitou a dizer que “se sente mal” pelo ex-presidente, evitando comentários mais diretos. O tema foi tratado como secundário na pauta.

Segundo fontes do Palácio do Planalto, a reunião reforçou o interesse mútuo em restaurar o diálogo econômico e político entre os dois países. Lula destacou que o Brasil é “um dos poucos países do G20 com os quais os EUA mantêm superávit comercial” e reiterou o convite para que Trump participe da COP30, em Belém (PA), em 2025.

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