O Congresso Nacional aprovou a nova legislação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), que amplia a faixa de isenção e cria descontos proporcionais para milhões de trabalhadores brasileiros. A proposta segue agora para sanção presidencial e deve entrar em vigor em janeiro de 2026, beneficiando cerca de 25 milhões de pessoas.
Isenção ampliada para quem ganha até R$ 5 mil
A principal mudança é a isenção total para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5.000,00. Atualmente, quem recebe entre R$ 3.000,00 e R$ 5.000,00 ainda paga imposto, mas passará a ser isento com a nova regra.
Na prática, a mudança representa um aumento significativo na renda líquida. Um profissional com salário bruto de R$ 5.000,00, por exemplo, terá uma sobra mensal de R$ 335,12 — o que equivale a R$ 4.356,56 por ano, incluindo o 13º salário.
O impacto econômico estimado é expressivo: R$ 31 bilhões devem ser injetados anualmente na economia brasileira, fortalecendo o consumo e o poder de compra das famílias.
Descontos proporcionais para rendas intermediárias
A nova lei também cria uma faixa de transição para trabalhadores com renda mensal entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00. Nesse caso, o desconto no imposto será proporcional e calculado por fórmula matemática, substituindo a antiga tabela fixa.
O objetivo é garantir uma redução gradual do benefício, de forma que quanto maior o salário dentro dessa faixa, menor o desconto aplicado.
Exemplo:
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Um trabalhador com renda bruta de R$ 6.000,00 terá uma economia mensal de R$ 179,75, o que representa R$ 2.336,75 por ano (com o 13º salário).
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Já quem ganha acima de R$ 7.350,00 permanece sob as regras atuais da tabela do IRPF.
Reflexos financeiros e recomendações
Economistas destacam que a medida é uma oportunidade para melhorar o planejamento financeiro. Especialistas recomendam que os trabalhadores usem a renda extra para quitar dívidas, investir ou realizar compras planejadas, evitando o endividamento futuro.
Com a nova legislação, janeiro de 2026 marcará o início de um período com menos descontos na folha de pagamento e mais dinheiro disponível no orçamento mensal dos brasileiros.




