PF desmantela quadrilha que usava aviões para tráfico de cocaína em operação nacional que envolve a Paraíba

As autoridades já contabilizam 12 prisões, além da apreensão de três armas de fogo e veículos.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (18) a Operação Hangar Fantasma, que desarticula uma quadrilha especializada no tráfico interestadual de cocaína utilizando aeronaves e complexos esquemas de lavagem de dinheiro. A ofensiva policial ocorre simultaneamente na Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Distrito Federal.

Ao todo, estão sendo cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão. Na Paraíba, a operação conta com o apoio do GAECO do Ministério Público da Paraíba e da Polícia Militar.

Frota aérea “invisível” e lavagem de dinheiro

Segundo a PF, a quadrilha operava uma espécie de frota aérea fantasma, utilizando empresas de fachada e “laranjas” para registrar e ocultar a propriedade real de aviões e hangares usados no transporte de entorpecentes. A estratégia visava dificultar o rastreamento por órgãos de controle financeiro.

As investigações revelaram que o grupo transportava cocaína das regiões Norte e Centro-Oeste para o Nordeste. Três apreensões recentes, somando cerca de uma tonelada de cocaína, teriam ligação direta com o esquema. As interceptações aconteceram no Tocantins e na Paraíba, com aeronaves flagradas transportando a droga.

Prisões, bloqueio bilionário e apreensões

O inquérito também constatou o uso de empresas fictícias para movimentação de valores milionários e aquisição de bens de alto valor, como aeronaves e veículos de luxo. A Justiça determinou o bloqueio de contas e ativos financeiros até o limite de R$ 4,8 bilhões, além do sequestro de imóveis, carros e aviões ligados aos investigados.

As autoridades já contabilizam 12 prisões, além da apreensão de três armas de fogo e veículos.

Chefia de dentro de presídios

A operação é resultado de um desdobramento de ações anteriores da PF, que indicaram que a liderança do grupo criminoso coordenava as operações mesmo estando dentro de presídios.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Origem do nome

O nome “Hangar Fantasma” faz referência direta ao modus operandi do grupo, que utilizava empresas de fachada para camuflar a posse de hangares e aeronaves, criando uma logística aérea clandestina “invisível” aos órgãos de fiscalização.

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