Tabela do Imposto de Renda muda em 2026 e amplia isenção para quem ganha até R$ 5 mil

A nova regra também reduz o imposto para quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, enquanto amplia a tributação sobre os mais ricos, que passarão a pagar alíquota mínima efetiva de 10%.

A tabela do Imposto de Renda (IR) será atualizada a partir de 1º de janeiro de 2026, com impacto direto no bolso de milhões de brasileiros. A mudança ocorre após a sanção da lei que isenta do IR trabalhadores com renda mensal de até R$ 5.000, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 26 de novembro.

A nova regra também reduz o imposto para quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, enquanto amplia a tributação sobre os mais ricos, que passarão a pagar alíquota mínima efetiva de 10%. Para regulamentar as mudanças, a Receita Federal publicou instrução normativa no Diário Oficial da União em 18 de dezembro e atualizou as tabelas no dia 22.

Segundo o Fisco, a partir de janeiro haverá redução de até R$ 312,89 no imposto, fazendo com que rendimentos tributáveis de até R$ 5.000 fiquem totalmente isentos. Para a faixa entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, a redução será decrescente, até zerar completamente a partir desse limite.

Com a mudança, passam a valer duas tabelas mensais:

  • a tabela tradicional, com alíquotas de 7,5% a 27,5%;

  • e a tabela de isenção ou redução, aplicada a quem ganha até R$ 7.350.

A Receita Federal também atualizou as tabelas anual e mensal, e os efeitos da nova isenção serão percebidos na declaração do Imposto de Renda de 2027, referente aos rendimentos de 2026. A declaração de 2026, entregue entre março e maio, seguirá considerando os rendimentos de 2025.

Quem tem direito à isenção
A nova regra vale para trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de aposentados e pensionistas do INSS ou de regimes próprios. Para aposentados e pensionistas, permanece ainda a isenção adicional a partir do mês de aniversário, no valor de R$ 1.903,98, quando aplicável.

Seguem mantidas deduções como R$ 189,59 por dependente por mês, o desconto simplificado mensal de R$ 607,20, além das deduções anuais com dependentes, educação e o desconto simplificado de R$ 17.640, quando mais vantajosos ao contribuinte.

Origem do projeto
A ampliação da isenção faz parte do Projeto de Lei nº 1.087/2025, de autoria do governo federal. A proposta, promessa de campanha do presidente Lula, foi enviada ao Congresso em março e teve como relator o deputado Arthur Lira (PP-AL), que promoveu ajustes no texto, mantendo a isenção para quem ganha até R$ 5 mil.

A correção da tabela do Imposto de Renda era uma demanda antiga. Durante o governo anterior, a tabela permaneceu congelada por quatro anos, sem atualização, o que ampliou a carga tributária sobre trabalhadores de menor renda.

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