Bloqueio de 30% no orçamento da UFCG afeta limpeza e segurança

O reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Vicemário Simões, lamentou o bloqueio de 30% anunciado pelo Governo e previu dificuldades para a instituição de ensino superior com a diminuição dos recursos.

 Ele afirma que, com menos recursos, serviços como os de limpeza, segurança e manutenção, além da formação dos alunos e pesquisas serão prejudicados.

 Preocupado com a situação, Vicemário Simões, pede que o Ministério da Educação (MEC) reveja essa “expectativa negativa” que assombra as universidades brasileiras.

“Que encare o financiamento público da formação acadêmica e da pesquisa científica não em termos de política econômica, mas em termos de patrimônio cultural e científico que o país deve construir preservar e se esforçar sempre para ampliar”, destacou.

 Confira nota

O bloqueio de 30% no custeio, como anunciado pelo Governo Federal, irá criar dificuldades insuperáveis para as universidades brasileiras. Com um orçamento de capital minguado, em 2019 da ordem de 10% do orçamento destinado em 2013, quando se completava o processo de expansão da maioria das universidades, resta às instituições de ensino sobreviverem, basicamente, das verbas de manutenção.

Com o bloqueio de 30%, estarão comprometidas a conservação, a limpeza e a segurança das instituições; a formação do discente de graduação será afetada negativamente; a pós-graduação restará inviabilizada, sobretudo nas ciências humanas e nas pesquisas de longo alcance, nas áreas de saúde e de tecnologia, que não contam, no prazo imediato, com o apelo do mercado, mais voltado para o interesse pragmático.

Com inegável prejuízo para as atividades acadêmicas e para a manutenção da universidade, o bloqueio não retira, felizmente, os recursos para as ações de assistência direta ao estudante – restaurante ou auxílio-alimentação, residência ou auxílio-moradia e demais programas voltados para os estudantes, até aqui mantidos no orçamento de 2019.

Por essa razão, a Reitoria da UFCG vem expressar sua preocupação com o futuro da instituição; vem solicitar que o Ministério da Educação (MEC) reveja essa expectativa negativa e encare o financiamento público da formação acadêmica e da pesquisa científica não em termos de política econômica, mas em termos de patrimônio cultural e científico que o país deve construir, preservar e se esforçar sempre para ampliar.

Por fim, cumprindo o dever de manter informada a comunidade acadêmica da UFCG, a Reitoria apela para a solidariedade da comunidade em geral nesse esforço para manter, integralmente, o orçamento destinado à universidade, como única forma desta continuar prestando, com qualidade e competência, os serviços que oferece à população.

Campina Grande, 7 de maio de 2019.

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