Brinquedo erótico é barrado na maior feira de tecnologia após ganhar prêmio do evento

A CES, maior feira de tecnologia do mundo, não tem polêmica apenas entre as grandes empresas de tecnologia. Um dos assuntos que roubaram atenção no evento nos Estados Unidos foi a retirada de um prêmio dado a um vibrador criado por mulheres.

A feira sempre elege "gadgets" inovadores. Neste ano, premiou, por exemplo, uma lava-louças que dispensa encanamento e uma tigela que só libera a comida ao reconhecer a cara do bichinho de estimação. Também foi dado um prêmio ao vibrador Osé, criado por uma startup formada por mulheres chamada Lora DiCarlo.

Mas o prêmio foi retirado posteriormente. A fundadora e presidente da empresa, Lora Haddock, relatou o episódio uma carta publicada na última terça-feira (8). Segundo ela, a eleição aconteceu em outubro passado e o vibrador foi escolhido como inovação na categoria de robótica e drone pela Consumer Technology Association (CTA), organizadora da feira.

"Um mês depois, nossa alegria e preparativos foram podados quando, inesperadamente, nos informaram que os administradores da CES e da CTA estavam rescindindo nosso prêmio e, consequentemente, não poderíamos expor na CES 2019", afirmou Lora.

Ainda segundo a empresária, a CTA respondeu que se dava ao direito de desqualificar inscrições de produtos que pudessem ser imorais, obscenos, indecentes, profanos ou que destoassem da imagem da organização.

A empresária pontuou que, no entanto, a CES permitiu o lançamento de uma boneca sexual no ano passado e também tem entre seus expositores uma empresa de pornografia em realidade virtual, além de outros objetos desse mercado. Para ela, os organizadores se sentiram ameaçados por mulheres empoderadas.

"Claramente, a CTA não tem problemas com sexualidade masculina explícita", avaliou. "Aparentemente, tem algo diferente, algo ameaçador sobre o Osé, um produto criado por mulheres para empoderar mulheres".

Mudou justificativa
Lora escreveu ainda que, posteriormente, a organizadora da CES informou que, na verdade, a desqualificação aconteceu porque o vibrador não se enquadrava na categoria de robótica e drone.

Em comunicado, a CTA informou que o produto não se encaixa em nenhuma das categorias de produto existentes e não deveria ter sido aceito pela comissão julgadora. A organização pediu desculpas pelo equívoco.

Mas, de acordo com a empresária, o produto foi desenhado em parceria com o laboratório de engenharia robótica de universidade de Oregon, nos Estados Unidos. G1

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