Dupla Matheus e Kauan comemora dez anos de carreira

Para comemorar os dez anos de carreira, a dupla sertaneja Matheus e Kauan lança em abril novo DVD e planeja parcerias com artistas de outros gêneros musicais. "Nós adoramos inovar. Assim como já gravamos com Anitta e com Biquíni Cavadão, ao longo de 2020, querermos outras parcerias que fujam do nosso quadrado", afirma Matheus, sem entrar em detalhar os nomes com quem eles devem gravar. 

Com a funkeira carioca, a dupla lançou em 2018 "Ao Vivo e a Cores". Já com o grupo de rock, os sertanejos gravaram em 2019 uma versão da música "Quanto Tempo Demora um Mês", da banda. Para Kauan, é importante quebrar essa barreira entre os diferentes estilos musicais. Se até pouco tempo atrás, por exemplo, o sertanejo não era bem-vindo no Carnaval, isso mudou nos últimos anos.

Assim como outras duplas, os irmãos tiveram uma agenda cheia de shows na folia deste ano, fazendo apresentações no Rio de Janeiro, Recife, Olinda, Salvador, Belo Horizonte, entre outras cidades. "Há seis, sete anos, era impossível uma música sertaneja tocar no Carnaval, época em que o axé predominava. Mas isso mudou, e agora sempre fazemos shows em Salvador e já puxamos trio elétrico no circuito Barra-Ondina", conta Matheus.   

Para eles, a internet mudou o mercado e a forma de se consumir música, abrindo espaço também para novos artistas. "Está surgindo muita gente nova e legal, que só tem a somar", diz Kauan. 

De olho nisso, os irmãos, que ficaram na quarta posição entre os artistas mais ouvidos na década no Brasil no Spotify, sabem que precisam ter novidades o ano inteiro. Desta forma, já apresentaram em 31 de janeiro um EP com três músicas inédias e um novo arranjo do sucesso "O Nosso Santo Bateu". 

As quatro canções são parte do sétimo DVD da dupla, "10 Anos na Praia", que será oficialmente apresentado em abril. "A gente decidiu fazer esse parcelamento, porque, quando se lançam 20 músicas de uma vez só, as pessoas acabam não conseguindo ouvir tudo", afirma Kauan. 

O projeto foi gravado no início de janeiro, na praia do Paiva, no Recife. "Optamos por gravar em duas partes: [uma] antes do pôr do sol e a outra com a chegada da noite. Para dar o tom romântico a um lugar tão lindo. E o mais fascinante é que fomos surpreendidos por uma lua cheia inesquecível", conta Matheus.

Já estão disponíveis nas plataformas digitais "Litrão", que tem como um dos compositores Matheus, além de "Solto Foguete" e "Piseiro". Outras sete canções inéditas, além de regravações de clássicos da dupla, compõem o DVD. 

TRAJETÓRIA

Nascidos na cidade de Itapuranga, interior de Goiás, Matheus e Kauan começaram a trajetória na música escrevendo canções para outros artistas, como Jorge e Mateus, Luan Santana, Gusttavo Lima e Cristiano Araújo, morto em 2015. 

Para eles, um dos momentos mais importantes da carreira foi logo no início, em 2010, quando se apresentaram no festival Caldas Country, em Caldas Novas (GO). "Foi quando cantamos pela primeira vez para um público de 50 mil pessoas. Ali ficamos emocionados e falamos: 'Bom, Matheus e Kauan tem tudo para dar certo. Vamos trabalhar que a gente vai colher os frutos'", conta Kauan. 

Os resultados vieram. Em 2019, eles estiveram na lista top 10 do Spotify com "Vou Ter que Superar", parceria com Marília Mendonça. Com a maior exposição e uma trajetória consolidada, agora os sertanejos afirmam que o desafio é se preocupar com a mensagem que passam, já que, segundo eles, possuem um público diversificado, formado por pessoas de diferentes faixas etárias, desde crianças até idosos.

"Você não entrar no modismo, não trazer isso para a sua carreira. A gente já vê muita coisa ruim nesse mundo louco. Acho que a música é uma forma de confortar as pessoas. Buscamos muito isso, principalmente nas faixas românticas", conclui Matheus. 

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