Em média, 21 vítimas de acidentes de moto foram atendidas, por dia, no Hospital Estadual de Emergência e Trauma de João Pessoa, durante o primeiro semestre de 2019, como apontam dados divulgados pela instituição, nesta terça-feira (9).
Ao todo, foram registrados 3.949 casos, o que representou 76,5% dos atendimentos realizados pela unidade nesse período. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 4% nos atendimentos, uma vez que em 2018 foram 4.1211 vítimas.
Segundo as estatísticas do hospital, majoritariamente, as vítimas desse tipo de acidente são do sexo masculino, sendo 3.066 homens – o que representa cerca de 77% do total – e 883 mulheres.
Em relação à idade, 88% das vítimas, o equivalente a 3.455 dos casos, faz parte da faixa-etária de 18 a 59 anos. Em seguida, estão os atendimentos a adolescentes, sendo 311; crianças, 84; e idosos, 99.
Segundo o hospital, Joanderson Monteiro, de 21 anos, contou que estava com o capacete no braço, indo casa da namorada, um trajeto de três quilômetros a partir de onde mora, quando bateu a moto em outra e sofreu um traumatismo craniano.
Os número do Hospital de Trauma indicam ainda que, entre os bairros de João Pessoa, os que mais registraram acidentes de moto foram Valentina, com 174 casos, Mangabeira, com 167, e Centro, com 125. Da BR-230, foram contabilizadas 305 vítimas, enquanto que de Santa Rita foram 235; de Bayeux foram 234; de Mamanguape foram 122; e de Cabedelo, 119.
Para o diretor da unidade de saúde, Leonardo Leite, a quantidade de acidentes é uma “epidemia”. “Adolescentes e jovens estão ficando incapacitados para o mercado de trabalho e isso é muito grave, pois são pessoas que poderiam contribuir muito e de forma decisiva em suas funções, mas por causa de uma regra não cumprida, que muitos acham besteira, ficam inabilitados para uma vida inteira”, disse.
